O dia em que fomos num cinema drive-in

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Oioi gente!! Voltei e finalmente com o tão esperado cap 52
Desculpa a demora, esses dias eu não tô mt bem, ando enjoada e com dor de cabeça, por isso não tô postando :/

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Julho de 1993

Fazia exatamente 11 dias que Jisung havia viajado e eu estava sucumbido de saudade. Sério, se pra você é difícil ficar longe do teu namorado tendo Whatsapp, ligação de vídeo e Instagram pra ver foto de tudo que ele faz, imagina pra mim que estava há dias sem nenhuma notícia? Sem ouvir nem a voz dele?

Poderíamos fazer ligação? Poderíamos. Mas que desculpa daríamos pros nossos pais? Falar no telefone era caro, gente. E se a conta aumentasse um tico, meu pai já percebia, então fora de cogitação.

Poderíamos mandar cartas? Poderíamos. Mas meu pai trabalhava no correio - insira aqui, um emoji de palhaço - e com certeza desconfiaria se me visse mandando carta pro endereço da vó do Jisung.

O jeito era ficar incomunicável mesmo, fazer o quê?

O pior era que todos os meus amigos estavam ocupados de alguma maneira. Jeongin havia começado a trabalhar nos Correios, sim, junto com meu pai. Ele fazia alguma coisa nos computadores de lá que eu não sei ao certo o que era. Yeri, estava grávida, isso já era ocupação o suficiente. Hyunjin, havia ficado de recuperação e Felix como o bom namorado que era, estava ajudando ele a estudar - ou simplesmente dando as respostas, varia de cada perspectiva. Changbin e Yuna também viajaram com ambas as famílias.

E eu, como já devem suspeitar, não fui pra lugar nenhum, mas estava alugando duas horas do dia do meu irmão para ele me ensinar a dirigir.

- Olha o quebra-mo- - antes que ele conseguisse terminar de falar, eu já tinha passado por cima do quebra-mola, sem diminuir velocidade nem nada, fazendo sua cabeça bater no teto do carro.

- Desculpa - sorri amarelo, parando o carro, enquanto ele alisava o couro cabeludo fazendo uma careta.

- Se o pneu desse carro tiver furado, pode se considerar morto - disse, simplesmente abrindo a porta e saindo.

Fui rápido em tirar o cinto e sair do veículo também, encontrando meu irmão agachado apertando os pneus.

- Você é sortudo, viu - falou, batendo as mãos pra tirar a poeira depois de analisar o último pneu. - Mas chega de aula por hoje.

- Ah, hyung - choraminguei fazendo um biquinho.

- Se tu quebrar esse carro, o pai vai colocar a culpa em mim e eu vou te arrebentar. Quer que isso aconteça? - arqueou uma sobrancelha e eu neguei freneticamente com a cabeça. - Ótimo.

Voltamos pra casa com ele dirigindo.

Já de tardezinha, tomei um banho relaxante e demorado, se é que me entendem, e me sentei em frente a minha escrivaninha, abrindo meu caderno e começando a escrever.

Onde um gato e um esquilo eram melhores amigos. Mas um dia, a árvore onde o esquilo morava foi derrubada e ele precisou ir pra longe.

Fiquei um longo tempo ali escrevendo, perdido no mundo da imaginação. E pela primeira vez em muito tempo, eu consegui escrever algo até o final.

Escrevi uma fábula em que o gato só tinha o esquilo como melhor amigo, mas o esquilo teve que ir pra longe. E movido pela saudade, o gato bolava um plano para fugir e poder ir se encontrar com o esquilo.

Soa familiar, não?

"Lendo agora, até parece uma boa ideia fugir para ir ver ele...", pensei.

Coração Desastrado - MinSungOnde histórias criam vida. Descubra agora