Fim de jogo

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"Eu simplesmente não posso dizer que não te amo, porque eu te amo, sim (...) A distância e o tempo entre nós nunca farão com que eu mude de ideia, porque amor eu morreria por você."
— Die for you, The Weekend


A imagem que havia construído naqueles últimos meses era uma grande vantagem, de certa forma. Apesar de todos saberem quem era ela e o que havia feito com aqueles guardas do antigo condomínio, o respeito ao clã Uchiha e o comportamento adequado que Sakura havia demonstrado desde que chegara ao condomínio principal, foram o suficiente para ninguém se opor quando ela deixou a mansão sem a companhia de sua guarda pessoal e pediu para que o motorista a levasse para a sede do distrito Uchiha.

Com um conjunto negro e uma echarpe lhe cobrindo a cabeça, principalmente o cabelo rosa caraterístico, Sakura adentrou no enorme prédio octogonal com ajuda da máscara kabuki de Konan. O lugar era tão belo e luxuoso quanto o condomínio o qual ela residia e a cor negra predominava no chão e nas luminárias, dando contraste com as paredes que oscilavam entre o cinza claro e o cinza mais escuro.

Com o som abafado da bota contra a cerâmica ébano, Sakura caminhou entre as pessoas, os olhos atentos por debaixo da máscara, a procura de qualquer coisa que lhe chamasse atenção, mas que fosse invisível para a maioria que estava ali.

A sede do clã Uchiha ficava em um dos bairros classe média da periferia do distrito, e o design negro-espelhado destoava dos outros imóveis ao redor. Diferente da sede do clã Haruno, ele não estava ao centro, sequer diante dos seus olhos, mas definitivamente era uma obviedade.

A base militar ficava naquele lugar, onde o clã Uchiha havia se originado, onde a arrogância não a deixaria cogitar.

Com as mãos casualmente dentro dos bolsos do sobretudo negro fosco de Konan, Sakura caminhou pelos amplos corredores, em direção não aos andares superiores ou algum salão enorme, mais sim ao centro daquele lugar. Porque Sakura sabia que o que ela procurava não estava entre aquelas paredes ou nos andares sobre sua cabeça, mais sim abaixo de seus pés.

Enquanto ela aprendia a codificar aquela linguagem exclusiva do seu clã, Sakura havia lido em um dos livros de Kizashi sobre a construção perfeita de uma propriedade no subsolo. Embora naquela época houvesse se perguntado o porquê daquele conteúdo está no arsenal de informações de seu pai — já que era completamente irrelevante ao clã Haruno — Sakura percebeu que o conhecimento dele lhe serviu como uma grande ajuda.

Ela avançou pelo caminho até finalmente chegar ao centro do octógono. Havia um amplo jardim a céu aberto, muito mais vigiado do que qualquer corredor e área que ela havia passado, com um guarda ao lado de cada uma das enormes vigas ao redor do lugar, com a tatuagem na nuca completamente visível.

Imitando a postura da legião das kunoichi, Sakura seguiu através da neve que cobria o um dos vários caminhos cimentados, entre as estatuetas de anjos caídos e as pequenas árvores secas que não resistiram ao inverno junto com a grama, até se pôr em frente ao enorme espelho d'água cujo formato era o símbolo do clã Uchiha.

Um pouco de neve se acumulou em seu ombro enquanto Sakura observava a estrutura fortificada do edifício e a localização perfeita da sede. Era longe das planícies de inundação, longe das encostas íngremes. Estava num espaço amplo, sem prédios ou áreas de florestas ao redor, o que provavelmente havia facilitado a escavação. Definitivamente a sede era o lugar perfeito para construir algo no subsolo, assim como aquele jardim era o lugar perfeito para ter acesso aquela construção.

Sakura caminhou ao redor do espelho d'água, chutando alguns cascalhos sutilmente para dentro do círculo do símbolo, misturando o som com os passos de algumas pessoas que conversavam próximo ou que seguiam seu destino, seja lá qual fosse.

Killshot - SASUSAKUOnde histórias criam vida. Descubra agora