Jogos de Manipulação

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"Você é tóxica, estou perdendo o controle com o gosto do paraíso venenoso. Estou viciado em você. Você não sabe que é tóxica?"
— Toxic, Britney Spears


Sakura estava de joelhos sobre a terra úmida e fria, juntando o máximo de galhos e flores das plantas que ainda tinham forças o suficiente pra suportar o frio do início do inverno japonês. Depois de quase duas horas entre os canteiros do jardim, apenas uma cesta ela havia conseguido encher. Era definitivamente pouco, mas o suficiente para o seu marido e qualquer eventualidade que pudesse acontecer.

Retirando algumas pétalas lilás do galho entre seus dedos, Sakura trouxe algumas próximo ao rosto, apreciando o cheiro que elas exalavam. Aquele cheiro, misturado a outros mais como gengibre e hortelã, preenchia o quarto principal da mansão através dos incensos que ela espalhara por todo o quarto. Uma forma de desintoxicar seu marido e amenizar o cheiro impregnado no ar.

Macadâmia. Veneno. Sexo.

Sakura sorriu quando pequenos flashes vieram a sua mente, junto com a sensação que ainda percorria cada célula sua. Ela não achava que aquilo seria possível. A consumação do casamento e tudo mais que viera com ela. Seu corpo ainda doía em lugares que Sakura sabia que poderia doer, mas não que seria tão prazeroso.

Haviam marcas em seu pescoço, seio, cintura e bumbum. Marcas que Sasuke havia deixado durante as horas que ele passara dentro dela, lhe proporcionando um prazer avassalador que lhe arrancara gemidos do fundo da garganta, altos o suficientes para os guardas do lado de fora ouvirem, para o rosto de Sai adquirir uma tonalidade avermelhada toda vez que ele a olhava e as empregadas cochicharem na cozinha. Konan era a única que se mantinha totalmente imparcial.

Embora fosse uma situação constrangedora, Sakura não sentia nada além de satisfação e uma felicidade incomum. Não apenas porque aquele casamento havia ultrapassado todas as suas expectativas, mais também porque sua missão havia se tornado muito mais fácil. Ainda que Sasuke tivesse uma vantagem notória, Sakura sabia como lidar com aquela situação, usar cada parte dela ao seu favor. E seria extremamente prazeroso.

— O que porra está fazendo aqui fora?

Sakura virou quando a voz de Sasuke ecoou atrás de si. Ele estava parado nos limites do caminho cimentado, um roupão de banho preto era o que lhe cobria o corpo.

— Você acordou. — Sakura sorriu — Como se sente? — ela perguntou ao levantar, jogando as pétalas lilás dentro do cesto.

Sasuke tinha um vinco entre as sobrancelhas e seu olhar a percorreu de cima a baixo, depois de volta, antes de seu rosto se transformar numa carranca perceptível.

— Por quê você está vestida desse jeito? — Sakura olhou para a própria vestimenta. Uma camisa e uma calça longa, grandes o bastante para seu corpo praticamente sumir entre o tecido negro do conjunto do pijama de Sasuke.

— Algum problema?

— Está um gelo aqui fora — ele disse sério.

Oh... — Sakura repuxou o canto da boca. — Então você não está zangado por eu estar com suas roupas, mais sim porque está preocupado comigo? Que interessante... — ela provocou, pegando a cesta aos seus pés.

Sasuke revirou os olhos e deu um passo para dentro do canteiro.

— O que você... — Sakura não terminou, porque num movimento mais ágil do que ele deveria ser capaz de fazer, Sasuke a colocou sobre os ombros. — Ei! Pare com isso! Me coloque no chão, você não pode fazer esforço. — ela tentou argumentar, mas seu marido apenas ignorou ao seguir de volta para a mansão.

Killshot - SASUSAKUOnde histórias criam vida. Descubra agora