Me encontro cercado de uma profunda escuridão, onde nem mesmo o som dos meus passos podiam ser ouvidos.
— Onde eu estou? Não consigo enxergar nada. Que abreu é esse em que me encontro?— tentava gritar, mas o som emitido na minha voz sai como em sussurros — Oi… tem alguém aí? Alguém?
Caminhei por muito tempo, sem nem mesmo saber se eu realmente estava andando para frente ou para trás, pois até o meu senso de direção estava confuso. Por estranho que pareça, eu não estava com medo, e nem desesperado, pelo contrário, parecia que aquela escuridão toda me confortava de algum jeito, e todos os meus problemas e as vozes na minha cabeça que sempre sussurravam nos meus ouvidos me fazendo desejar sempre mais, desapareceram, ficando apenas um completo e um maravilhoso silêncio.
Eu não conseguia enxergar as palmas das minhas mãos que eu erguia em minha frente, e nem os meus pés que caminhavam para todos os lados. Mesmo ainda não estando fatigado, eu resolvi parar e sentar por ali mesmo, já que essa caminhada não estava me levando a lugar algum.
Fiquei um tempo imóvel sem saber o que fazer. Eu estava sonhando? Eu estava acordado? Eu mal sabia o que era realidade e o que não era.
Decido fechar os meus olhos com a esperança de quando eu voltar a abri-los, eu volte de algum jeito para a realidade, que acorde desse sonho doido sem sentido nenhum.
— Um…dois… e…três!
Assim que eu terminei a contagem, abri os meus olhos e aquela escuridão que antes me envolvia, tinha desaparecido, mas ao contrário do que eu esperava, eu acordei em outro lugar. Me encontrava flutuando sobre um mar, enquanto alguns peixes estranhos nadavam sob os meus pés. Eu havia pirado de uma vez? É uma grande possibilidade, já que agora em um piscar de olhos, eu estava em terra firme, sentindo as gramas sob os meus pés descalços. Antes mesmo de eu erguer os meus pés para andar, sou engolido pela terra que se abriu numa enorme e inexplicável fissura.
— AHHHHH!!! — eu grito tentando me agarrar à alguma coisa na parede para parar a queda, e eu consigo, pelo menos por uns breves segundos, pois a terra volta a me engolir assim que a minha única saída, o buraco em que eu cai, se fechou sozinho como se estivesse vivo.
Novamente me encontro caindo, e caindo, e caindo, até que eu simplesmente paro de cair. Abri os meus olhos que antes havia fechado para não presenciar a minha queda para a morte, e mais uma vez, sou deslocado para um novo ambiente.
— Que droga está acontecendo? — falo assim que percebo que estava parado acima das nuvens.
Aqui em cima, uma brisa leve soprava na minha face, e um o brilho do sol que iluminava a minha pele, me dava uma sensação ótima de bem estar. Eu não conseguia mexer os meus pés, eles ficaram imóveis, embora as minhas mãos se mexiam brincando de agarrar as nuvens. Estava tudo tão…
— Ai, ai, ai, quente, quente, quente!!!
De um lindo céu azulado, eu fui parar em um pequeno pedaço de terra sobre um mar de lavas fervente. A julgar pela estrutura do lugar, eu deduzi que estava dentro de um vulcão, e pelo visto,estava prestes a entrar em erupção.
Segui o fluxo da lava em cima daquele pedaço de terra, enquanto evitava de ser atingido por qualquer pingo daquela lava toda, já que bastava um pingo para me queimar todo.
Eu senti um tremor sob os meus pés, que indicavam que o vulcão estava prestes a explodir, e o pior, me levar junto.
— Que Meeerrrddaaaaaaa!!! — foi a única coisa que consegui fazer, pois não consegui achar o modo de escapar daquele vulcão, estava completamente à mercê dele.
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O Despertar dos Deuses
AdventureOs deuses se tornaram muito arrogantes, ao ponto de deixar Gaia irritada.A mãe Terra planejou vários planos para deter Zeus, mas todos eles falharam. Mas, quando estava prestes a desistir, lembrou de alguém que poderia ajudá-la, uma poderosa feitic...