Olhei nos olhos brancos da criatura que me encarava fixamente. Ela começou a me apertar mais forte após ver a espada na minha mão, fazendo-me largar-la no mesmo instante.
— Aaai — o seu aperto estava ficando mais forte ao ponto de quebrar os meus ossos se continuar assim — M-medusa…
— O que faz aqui? Veio me matar? — sua voz esbanjava o seu sentimento de raiva.
— M-me d-desculpe! — já estava ficando com falta de ar — E-eu só q-quero salvar o m-meu amigo.
— Quem te mandou aqui? — Retirou o Elmo de minha cabeça — Isso cheira a Olimpianos! Eles o mandaram vir atrás de mim? — As cobras em sua cabeça ficaram atiçadas.
Já não conseguia emitir nenhuma palavra a não ser de dor, minha respiração estava muito prejudicada e já estava começando a ficar inconsciente. Percebendo isso, ela pára de me apertar e me solta, se afastando.
— Cof,cof…— Caio de joelhos no chão, retomando o meu fôlego devagar.
Olho para a medusa que se afasta lentamente e depois direciono o meu olhar para a espada que havia caído mais à frente. Eu dou uma cambalhota e me levanto segurando já o artefato na minha mão, apontando para ela, a mesma percebeu isso e apenas me olhou de canto de olho.
— Faça o que veio fazer, já cansei de lutar — Percebi o seu semblante entristecido — Eu não passo de um monstro mesmo. Embora eu tente lutar contra, a realidade não pode ser mudada.
Minhas mãos trêmulas revelavam a minha incerteza. Eu precisava matá-la, não tem outro jeito de salvar o Rafael, mas porque eu tô excitando tanto? Seria os meus sentimentos por ela me impedindo disso, ou o fato de eu realmente acreditar que ela não faz o que faz por querer? Minha cabeça estava confusa, já não tenho mais certeza do que é certo a se fazer.
— Me desculpe! — disse largando a espada, a jogando no chão ao lado dela — Eu não acho que você é esse monstro.
— Você é mole, garoto, — ela se virou pegando a espada que estava no chão e rapidamente a aponta para o meu pescoço — Você vai morrer se continuar tendo compaixão com o seu inimigo!
Conseguia ver o meu reflexo na espada que estava direcionada para o meu pescoço.
— Então mate-me! — disse sem desviar o meu olhar do dela — Eu queria te matar, então é justo que faça o mesmo. Vamos, me mata!
— Desculpa, Alexandre! — ela fecha os olhos e com um balançar trêmulo da espada direcionando para o meu pescoço, ela vai no intuito de cortar a minha cabeça fora.
— Aaai! — disse após a lâmina da espada entrar em contato com o meu pescoço, mas ao invés de cortá-lo fora, sinto apenas uma dor suportável.
— O-o que? — ela ficou surpresa após abrir os olhos e perceber que eu não estava morto — Eu não entendo, como eu não consegui te cortar? O que você é, afinal?
— Você não conseguiu me cortar por um simples motivo, você não me vê como o seu inimigo — abri um sorriso por entender isso.— O que quer dizer com isso?
— Essa é a espada de Themis, a Deusa da justiça — aponto para a espada, a fazendo olhar para a mesma — Ela é capaz de cortar com facilidade os seus inimigos, mas ela fica cega com aqueles que não são.
— Mas, mas…
— Você não é um monstro como pensa que é — andei em sua direção, abaixando a espada assim que me aproximei — Você não é um monstro — repeti chegando ainda mais perto dela. Agora os nossos rostos estavam bem próximos um do outro.
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O Despertar dos Deuses
AdventureOs deuses se tornaram muito arrogantes, ao ponto de deixar Gaia irritada.A mãe Terra planejou vários planos para deter Zeus, mas todos eles falharam. Mas, quando estava prestes a desistir, lembrou de alguém que poderia ajudá-la, uma poderosa feitic...