capítulo 23- Fúria dos deuses, parte II

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   Depois que eu despertei, retornei à ilha em busca do meu amor, Afrodite. Na mesma ilha que um dia nós juramos que ficaríamos juntos. O lugar estava diferente das minhas  lembranças, provavelmente devido às mudanças que ocorreram com o decorrer dos anos. Eu optei por esperá-la, estava ansioso para encontrá-la depois de tanto tempo. 

   Os dias foram passando, e minha paciência foi se  esgotando. Não sei se ela se lembrava da nossa promessa, então eu resolvi procurá-la. Comecei pelo Olimpo, mas os outros deuses não receberam notícias dela. Fui ao submundo e me deparei com o soberano do lugar. Ele confirmou saber dos paradeiros de todos os deuses que conseguiram despertar.

   — Me fale agora, onde posso encontrar a Afrodite? — Perguntei sem muita enrolação. — Hades me encarava com o seu olhar intimidador, não se importando com o meu desespero. —  Me fale agora, ou… — Apontei a minha espada em sua direção. Ele se irritou com isso, pude ver em seu olhar, mas mantive a minha postura. 

   — Ora, ora

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   — Ora, ora. Você ousa entrar na minha casa e me AMEAÇAR? — sua voz alterou-se ficando mais tenebrosa, junta com a sua aparência que aumentou de forma e tamanho. Sua aparência estava animalesca, com pares de chifres roxos e dentes pontiagudos amarelados. — Mas a sua sorte é  que eu estou de bom humor. — ele voltou ao normal.

   — Onde ela está? — Voltei a perguntar,  ainda mantendo a espada apontada para ele. 

   — Eu te falo… — olhou para cima fingindo pensar, antes de voltar a me encarar — …mas primeiro, você não estaria interessado em descobrir o responsável por ter feito você se separar dela? Ou melhor dizendo, a responsável?

   Ele pareceu muito interessado em dizer, e mesmo não falando nada, continuou, me  dizendo tudo o que eu precisava saber. 

   Gaia tramou contra nós  deuses, e por conta disso, eu fui separado da minha amada. Eu nunca vou perdoá-la. Ainda mais agora que ela está ajudando o humano que enganou e matou a minha Afrodite. 

   Eu quero eles mortos!

   — Espere até o momento certo, e você terá a sua vingança. Isso eu garanto. — Seus olhos escarlates cintilavam.

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   Após avistar o semblante desesperado do humano, seguro a minha espada com mais vontade. Eu queria fazer com que ele sentisse como é  perder alguém importante, alguém que é a razão da sua existência. 

   Balanço a minha espada mirando a lâmina na direção do pescoço daquela górgona, porém, algo impede o meu movimento me fazendo largá-la. Uma sensação familiar me força parar e olhar para o lado. Fiquei estático após avistar uma silhueta que há muito tempo não me deparava. Era ela, a mulher que eu sempre amei, que eu sempre admirei, só podia ser ela. Aquela essência eu conseguia reconhecer em qualquer lugar.

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