Capítulo 21

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16 de abril de 1912. Um dia depois do naufrágio. Os sobreviventes ainda se alojam nos conveses principais do navio, lamentando a morte de seus entes queridos que se perderam no desastre. Silenciosos e em choque, muitos vivem sob a base de calmantes e água, já outros, fazem refeições poucas e comem alguns sanduíches. Entre esses que estavam com calmantes, o Sr. Ismay se encontrava entre esses, onde não deixou a sua cabine em nenhum instante e recebeu apenas uma única visita em toda a viagem ainda naquela manhã, este era o jovem Jack Thayer, sobrevivente do desmontável B. O jovem Thayer faz questionários a Ismay enquanto ao seu nível na White Star Line, e este, disponha que não sabe sobre o seu futuro na companhia. O RMS Carpathia ainda seguia para Nova Iorque e agora, desviava cuidadosamente de icebergs debaixo de um sol fraco e um vento gelado. Na ponte de comando do Carpathia, o comandante Rostron encontra-se conversando com o oficial Hankinson, estes falam sobre as condições do mar desde 1907 até aquele ano, quando o telegrafista Harold Cottam adentra na ponte, este trazendo uma mensagem em mãos.

- Comandante, recebi uma mensagem do capitão Haddock... - Ele entregou a mensagem ao capitão. - Do Olympic!

Rostron leu a mensagem e depois dobrou a mesma ao meio.

- O capitão Haddock está fora de seus pensamentos... - respondeu o comandante guardando a mensagem no bolso do seu uniforme. - Avise-o que eu reprovo essa ideia, pois, temo que os passageiros possam ter ataques de pânico em navegar em um Titanic mais velho...

O telegrafista bateu continência e deixou o local.

- O que Haddock queria, senhor?

- Ele pretendia transferir os sobreviventes para o Olympic... - respondeu Rostron andando de um lado para o outro na ponte. - Isso seria, literalmente, um tiro na própria mão!

Hankinson deu uma risadinha.

- Talvez ele esteja tentando ganhar a fama de herói...

- Acredito que não. Haddock é um ótimo capitão e creio que ele não teria essa audácia! - Respondeu o comandante pegando alguns binóculos de uma pequena bancada. - Mas, suponho que ele queira apenas ajudar!

Houve um silêncio momentâneo.

- Seis graus a bombordo, Sr. Stevens. - Ordenou o comandante. - Há mais icebergs adiante!

O timoneiro manipulou suavemente o timão, e assim como na noite anterior, o Carpathia conseguiu desviar de icebergs em uma velocidade nunca testada antes, porém, naquela situação, o navio encontrava-se em 13 a 15 nós.

⊱✠⊰

No dia 16 de abril de 1912, o conhecido jornal americano The New York Times publicava a lista de sobreviventes de um dos maiores desastres marítimos de todos os tempos, o naufrágio do Titanic. Das 2200 pessoas a bordo, apenas 1.178 poderiam ser salvas pelos 20 botes salva-vidas espalhados pelo barco. O número de botes não foi maior, pois os proprietários não queriam comprometer a beleza do Titanic. Somado ao despreparo da tripulação, apenas 705 pessoas sobreviveram. Enquanto isso, na Inglaterra, há uma nova comunicação da White Star Line ao Board of Trade, em Londres: pesarosa, a empresa admite a gravidade do acidente e o salvamento de menos de um terço das 2.227 pessoas que se encontravam a bordo. Alguns familiares dos sobreviventes, logo após receber a notícia através dos jornais da manhã em Londres e Liverpool, recorrem à sede da White Star Line - também ocorre em Nova Iorque - e lá, procuram por respostas. Porém, uma pessoa ainda não sabia sobre o naufrágio e deliciava-se do café da manhã em sua grandiosa mansão situada em um dos mais renomados bairros de Liverpool, este era o jovem William Chambers, é acompanhado de sua esposa, Isabella, que era uma bela mulher de cabelos castanhos claros e de pele clara, não muito baixa e nem com um nariz muito pontudo. Ela era muito atraente, tanto para William, quanto aos seus paqueradores, a quem o jovem Chambers sempre ameaçava.

O Desastre do TitanicOnde histórias criam vida. Descubra agora