Capítulo 2

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Os interiores do luxuoso navio eram magnificamente elegantes, onde cada detalhe da parede de qualquer corredor da primeira classe era estupendamente glamouroso. O que o navios da Cunard Line tinham de velocidade, o Titanic tinha de luxo.  Aparentava que todos os detalhes haviam sido feito por anjos, mas foram feitos pelos exemplares decoradores de Belfast, que eram apelidados frequentemente de "mãos angelicais", por conta de detalhes tão magníficos. Coisas essas que encantavam os ingleses, principalmente a imprensa da Inglaterra, que a dias estampava notícias e elogios do belíssimo Titanic, onde chamavam o navio de "cidade flutuante", por conta de seu comprimento e pelas inúmeras janelas do encostado, que quando eram acessas igualmente durante a noite, pareciam uma cidade. Entre essas pessoas que o chamavam assim, estavam em um punhado de repórteres, acompanhados do dono da White Star Line, Joseph Bruce Ismay, que seguiam pelos corredores e passavam por diversos lugares e os membros da imprensa anotava tudo em seus cadernos, onde estas notícias sairiam no jornal da tarde ou da manhã seguinte.

— O Titanic tem exatamente 269 metros e acomodações para mais de duas mil pessoas... — Ismay disse com um orgulhoso sorriso no rosto. — É mais largo do que qualquer outro navio, além de ter uma ótima estabilidade!

— É mais sólido e mais largo do que o Lusitania e Mauretania, da Cunard?

Ismay sorriu.

— Certamente meu bom rapaz, mas, eu presumo que estes dois navios da Cunard terão que trabalhar duro para conseguir ter o peso e a largura do Titanic. — Ismay o respondeu esbanjando orgulho. — Fora isso, temos o dobro do luxo do Mauretania e o triplo da estabilidade do Lusitania!

Houve um silêncio de alguns segundos, enquanto os repórteres anotavam tudo em seus cadernos.

— Ouvi dizer que o Titanic alcança apenas vinte e dois nós, enquanto o Lusitania alcança vinte e cinco... — perguntou um dos repórteres, fazendo Ismay franzir o cenho e depois assentir. — Isso é verdade, Sr. Ismay?

O homem sorriu mais uma vez.

— Os motores do Titanic não estão amaciados e pretendemos não forçá-los! — respondeu Joseph retirando um charuto de uma caixinha que estava em seu bolso. — Fora isso, a White Star Line não almeja velocidade e sim conforto, segurança e grandeza!

Todos os repórteres assentiram.

— Mais algumas perguntas, senhores?

Um deles levantou a mão e Ismay assentiu.

— Pretendem chegar a Nova Iorque quando?

— Se tudo ocorrer como planejei, prevejo que estaremos aportando na noite de quarta-feira da semana que vem! — Ismay respondeu após acender o seu charuto. — Se não, na quinta-feira pela madrugada!

Todos os demais repórteres assentiram e anotaram tudo.

— Bom, por hoje encerra-se a nossa coletiva e peço, por gentileza... — Disse Ismay sorrindo e chamando um comissário de bordo. — Que acompanhem o Sr. McDonald, onde eles lhes mostrará a saída do navio!

Todos eles assentiram e acompanharam o comissário de bordo, que logo começou a ir em direção a saída.

— Tenham um ótimo dia, senhores!

Ismay rapidamente afastou-se do grupo, que já seguia longe e começou a subir os degraus da escadaria da primeira classe, onde era uma verdadeira simulação de um palácio. No entanto, na cabeceira da escadaria, ele se encontrou com o Sr. Thomas Andrews Jr., o projetista do navio, este acompanhado do Coronel Achibald Gracie.

O Desastre do TitanicOnde histórias criam vida. Descubra agora