Capítulo 6

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O dia 12 de abril estava radiante, o sol brilhava no céu azul que com poucas nuvens, anunciava que seria um belo dia. O Titanic ainda prosseguia rumo a América, onde os seus passageiros ainda encontravam-se deslocando-se para o salão de jantar, onde o café da manhã seria servido. Foi exatamente às 08h30 da manhã que o café foi anunciado, e naquele exato momento, alguns passageiros ainda se encontravam em suas camas e outros, sentados no salão. A Srta. Chambers, que não estava nem em um grupo e nem em outro, encontrava-se caminhando sozinha em direção ao salão de jantar. Com um belo vestido azul claro com detalhes brancos, o seu velho chapéu preto com penas brancas e pretas, luvas brancas e tamancos brancos, ela portava um ar radiante em seu rosto e vez ou outra, sorria para alguma comissária de bordo que encontrava. Durante o seu trajeto, encontrou uma de suas amigas de família, está era a Srta. McLaren, de ascendência irlandesa e herdeira de uma fortuna na América, onde estava indo recebê-la. De cabelos castanhos longos, estatura baixa, pele um pouco clara, olhos castanhos escuros e um carregado sotaque irlandês, ela era uma verdadeira jovem de respeito e caráter.

— Olá Clarabel, quanto tempo... — disse Dorothy cumprimentando a mulher que se aproximava com um belo sorriso no rosto. — Como está você?

Elas se abraçaram.

— Eu estou ótima e você?

— Também estou bem! — Dorothy respondeu e elas se separaram do abraço. — E você está indo para onde dessa vez?

Clarabel sorriu.

— Estou indo ganhar a herança de meu falecido pai... — ela recebeu e olhou para o teto da escadaria. — Que Deus o tenha!

Dorothy assentiu apertando levemente os lábios.

— Já faz um ano que ele se foi não é mesmo? — Dorothy perguntou e Clarabel assentiu. — Era um bom homem, gostava dele, tinha um bom senso de humor!

A mulher sorriu.

— Realmente! — Disse a jovem McLaren e depois abriu um sorriso ao lembrar-se de algo. — Eu não lhe contei, não é?

A Srta. Chambers franziu o cenho.

— Sobre?

— Eu estou noiva, irei me casar na Califórnia daqui há vinte e cinco dias! — Clarabel disse com um belo sorriso no rosto. — Estou ansiosa para isso!

Dorothy ficou surpresa e sorriu.

— Meus parabéns, Clarabel! — desejou a jovem. — Que vocês sejam muito felizes e que Deus os abençoe sempre!

McLaren sorriu mais uma vez.

— Bom, quer conhecer ele?

— Se você não se incomodar. — Dorothy assentiu sorridente.

— Jamais me incomodaria... — Ela virou-se de costas. — Querido? Meu anjo? Faça-me um favor aqui!

O homem – que conversava com o Sr. John Jacob Astor e fumava o seu viciante charuto – pediu licença ao homem mais rico do navio e seguiu até as moças que estavam conversando. Dorothy estava curiosa e sorridente para ver o noivo de Clarabel, mas o sorriso em seu rosto desapareceu ao reconhecer o homem. Ela não acreditou ao ver quem era o noivo de Clarabel.

O Desastre do TitanicOnde histórias criam vida. Descubra agora