Falando no Diabo - Elo Ardente (Livro 1)

Casa da floresta

ELOISE JONES

É ele.

O homem que me olhava da janela, não era um sonho

- Você. - Eu sussurrei enquanto observava seus olhos vermelhos e poucos centímetros de distância.

Ele piscou os olhos algumas vezes fazendo com que eles voltassem a ser verdes claros.

- Você é quem estava me observando da janela naquela noite. - Eu disse mais alto. - Me solta, saia de perto de mim. - Eu disse empurrando ele.

Ele deu um passo para trás me dando espaço pra sair, enquanto me olhava fixadamente.

- Não sei do que está falando. - Ele disse de maneira calma, enquanto eu praticamente surtava.

- Não sabe? - Eu indaguei demonstrando raiva, mas na verdade eu estava com medo dele. -Eu sei muito bem que tem algo de muito errado com você. - Eu disse apontando o dedo pra ele.

- Como o que, anjo? - Ele perguntou com um sorriso cínico nos lábios.

Rosnei irritada de ao ouvir o apelido que ele me deu sair de seus lábios.

- Você e sua família não são normais. - Eu disse entre dentes, virei as costas para ele seguindo em direção a minha casa outra vez. - E fique bem longe da minha sacada, seu tarado.

Eu disse sobre o ombro enquanto andava e logo escutei uma pequena risada rouca atrás de mim.

No caminho pra casa fui andando até a mesma muito assustada, olhava pra trás com medo daquele homem, ou seja lá o que ele for.

Ele não era normal. Os seus olhos ficaram vermelhos como na noite que me olhava pela janela.

Como isso é possível?

Passou pela minha cabeça todas as lendas que o homem da bibliotecas me disse.

Mas nada do que ele disse se encaixa com o que eu acabei de ver.

Subi pra o meu quarto correndo, tranquei a porta e quando fui trancar a sacada olhei para baixo vendo o infeliz no mesmo lugar que da ultima vez.

Ma dessa vez ele estava encostado em uma árvore enquanto me olhava com um sorriso irônico nos labios.

Babaca.

•••••☆•☆•••••

Acordei com o barulho do despertador tocando alto.

Abri os olhos que estavam pesados.

Demorei muito pra dormir outra vez.

Depois de ver o dito cujo la embaixo, tranquei a sacada e fechei a cortina. Mas fiquei acordada, tentada a olhar para ver se ele estava lá embaixo ainda.

Mas não fiz, fiquei deitada esperando o sono vir, e o mesmo só veio depois d um tempo que o sol saiu.

Olhei para o relógio que marcava 07:25.

Levantei indo direto para a sacada, abri um brecha com a cortina, olhando para ver se Damon estava ali.

Mas ele não estava mais.