- O que? - eu perguntei mesmo sabendo o que ele estava me dizendo. - Ah não, Emma e Jeremy não podem me ver chegando com um garoto em casa. - Eu disse, mas não serviu para nada. Ele entrou no carro sem nem olhar para trás.
Joguei minha cabeça para trás bufando.
Por que eu retribui o beijo? Era como se meu corpo se negasse a negar ele.
Entrei no banco do passageiro irritada com ele e cruzando os braços.
Ele olhou para mim ainda com aquele sorriso cretino dele.
- Não adianta fazer birra. - Ele disse ligando o carro. - Só aproveita a viagem.
Virei o rosto para a janela, para não ter que olhar para ele.
Escutei sua risada e o carro começar a se movimentar.
- Quer um conselho? - Ele perguntou serio agora.
- Não. - Eu respondi rápido.
- Fique longe do Zac. - Ele disse mesmo assim.
Virei o meu rosto para ele agora, deixando um pouco da minha birra de lado, mas ainda com os braços firmemente cruzados.
- Por que? Está com medo de me perder para ele? - Eu disse provocando ele. Mas pensar em Damon com ciúmes de mim, fez algo entre as minhas pernas esquentar.
- Não penso na probabilidade de eu perder, porque não existe. - Ele disse agora sorrindo de novo para mim, me fazendo revirar os olhos. Arrogante. - Mas se tivesse a mínima chance, seu amigo já não estaria mais entre nós. - Ele disse de maneira tão crua e sincera que me arrepiar de medo.
- Tory disse que você parou de matar. - Eu disse meio assustada em pensar me Damon matar Zac.
- Para me alimentar, sim. Mas por diversão? - Ele disse olhando em meus olhos, e dava para ver o fogo diabólico em seus olhos e sorriso. - Isso ainda pratico quando vale a pena.
Então ele voltou a atenção para a estrada.
Fiquei olhando ainda para ele, me perguntando quais limites esse homem tinha.
E o que ele fez comigo. Que mesmo sendo tão cruel, me faz delirar.
O resto do caminho foi silencioso até. Estava sentindo de tudo, que mal conseguia falar.
Estava confusa com o beijo e uma parte de mim estava com raiva por eu ter amado tanto, e por querer tanto outra vez.
Senti o carro parar enquanto estava pensando em todas as coisas possíveis.
Fiquei quieta no carro, focando minha atenção em minhas mãos enquanto brincava o pingente da minha pulseira.
- Foi o meu primeiro beijo. - Eu disse tão baixo, que provavelmente ele só ouviu por ser um vampiro. O que me leva a crer que esse é mais um dom dele.
- Eu sei. - Ele disse, e eu olhei para ele de forma abrupta, meio magoada.
- Foi tão ruim assim? - Perguntei chateada.
E logo fiquei irritada quando ele abriu aquele maldito sorriso.
- Anjo, tenho mais de mil anos na terra. - Ele disse parando de sorrir e voltando a atenção para os meus lábios. - E o seu beijo foi o único que me fez sair do chão assim. E se eu viver mais mil anos, vai ser o único que eu irei me lembrar com tanta clareza.
Ele me olhava tão intensamente, que era como se ele conseguisse me ver nua nesse momento.
Olhei para sua boca desejando volta a alguns minutos atrás quando eu estava beijando ele.
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Falando no Diabo - Elo Ardente (Livro 1)
FantasySegredos Os segredos são chaves de muitas portas, sejam elas boas ou ruins. Eloise Jones Minha mãe morreu em um acidente de carro quando eu tinha 14 anos, eu estava no carro mas não me lembro de muita coisa. Só sei o que me disseram, não muito te...