Um Amor Impossível.

Capítulo 67 - Mar de sangue

Soldados atiram para todos os lados, era visível alguns homens no chão além de alguns cidadãos já sem vida.
Essa era uma cena que Liz não conseguia processar, como tudo aconteceu tão rápido? Por que estão matando pessoas inocentes?
Perguntas essas que Liz não conseguiria a resposta.

-Princesa, peço para que entre no banker.

Um soldado de Webber chama atenção.

-Tenho que proteger eles. -Ela diz firme.

-Se perdermos a senhorita, não teremos mais nada. Webber precisa de sua princesa viva!

-Isso é culpa minha, o mínimo que posso fazer é lutar por eles até o fim! Então não, eu não vou entrar nesse banker. -Liz diz com a voz alterada.

O soldado olha alguns segundos e assente, voltando sua atenção ao campo de batalha.

Aquele lugar se tornara uma cena de terror, um completo caos, um mar de sangue e tristeza.
Pessoas inocentes estavam morrendo e tudo por poder.
Liz vai até a entrada olhando para o banker e vê Henrique com uma lista.

-Quantos faltam?

-Poucos, a maioria está aqui. -Henrique diz conferindo a lista.

Era perceptível seu nervosismo, a prancheta tremia em suas mãos.

-Princesa, a minha filha...eu e ela nos perdemos vindo para cá. -A mulher dizia com lágrimas nos olhos.

-Duda... -Liz sente seu peito apertar novamente. -Vou encontrá-la.

-Liz é muito perigoso! -Henrique grita.

-Prometo que vou voltar. -Liz sorri.

Henrique deixa uma lágrima correr e abaixa a cabeça, a dor que corria pelo seu corpo era tamanha que cada músculo de seu corpo tremia em resposta.

No mesmo momento a morena corre escutando os tiros ecoarem por todo o local, ela apressa seus passos em direção a uma casa de dois pisos, não era longe, mas nas condições que Webber estava parecia que nunca chegaria. Seus olhos passavam pelas ruas procurando a tal menina, e quando chega na casa abre a porta com tudo.

-EDUARDA!

Liz grita pelo seu nome sem resposta.

-Duda sou eu, Elizabeth!

Na hora que as palavras saem de sua boca, uma menina de cabelos negros e vestes pretas surge no corredor, carregando uma expressão assustada e lágrimas que corriam sem parar. Liz abre os braços e a mais nova corre em sua direção.

-Precisamos ir.

-Mas e eles?

Eduarda pergunta e surgem outras duas crianças.
Dois meninos, um com os cabelos escuros e com um semblante assustado e outro loiro com várias sardas pelo rosto.

-Prestem atenção, lá fora está muito perigoso então precisamos ser rápidos.

Um dos meninos revira os olhos para Liz.

-Você entendeu Cassiano!? -Liz pergunta séria.

-Eu não tô com medo. -Ele diz cruzando os braços.

-Não foi essa a pergunta, você tocar no assunto só faz a gente pensar o contrário. -O menino loiro disse.

-Hugo... -Liz o olha com reprovação.

-Só tira a gente daqui Liz, tipo agora. -Eduarda toma a frente.

-Todos juntos, ok? Tentem não olhar muito...