• Capítulo Quatro •

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Novembro, 2013


"Olhe nos meus olhos, eu nunca vou te abandonar, e basta dizer a palavra, vamos enfrentar o mundo juntos."


Christian encarou Ana, pensando sobre como poderia levar aquela conversa, já sabendo que a menina iria lhe fazer um monte de perguntas diretas.

_ Sim - ele respondeu apenas.

Ana assentiu, parecendo processar a confirmação, levantou os pés e puxou as correntes do balanço para levantar o pneu e conseguir se balançar.

_ Eu achei que só adultos pudessem ser alfas - ela comentou.

_ Bom, eu não sou um alfa ainda, vou ser... daqui um tempo - ele falou.

_ Mas você ainda não vai ser adulto. Vai demorar muito para isso. Minha mãe disse que você é... adoles.cente. Você é, não é?

Ele riu baixinho sobre os olhos taciturnos e curiosos da menina.

_ Sou. Mas algumas vezes acontece assim - falou, nao sabendo como explicar.

_ Alfa - ela testou a palavra, agora ficando de pé sobre o balanço, sem parecer pestanejar sobre ele. - E o que um alfa faz?

Christian deu de ombros, se recostando na árvore, cruzando os braços.

Odiava quando Mia vinha com suas perguntas diretas e malucas, mas estranhamente não se importava com Ana lhe fazendo.

_ Um alfa... hã, ele é... ele é bem forte, ele protege sua espécie, e sua... bom, a sua soulmate - ele respondeu como pôde.

Um alfa ia muito do que aquilo, mas ele não achava que a mente pequena de Ana deveria guardar tantas informações.

_ Minha mãe disse que eu sou sua soulmate - ela falou de repente, parando o balanço, como numa respiração presa a espera da confirmação.

_ Voce é - ele assentiu.

Ana balançou a cabeça assentindo, voltando a se balançar, não sabendo bem o que dizer sobre aquilo porque ela não entendia bem sobre ser uma soulmate e o que sua mãe lhe contou era mais confuso ainda, só dizendo que quando ela crescesse iria saber o que fazer.

_ Espero ser uma boa soulmate para você - comentou, querendo ser legal.

_ Voce já está sendo, querida - Christian garantiu, sentindo o peito esquentar em perceber como Ana queria agradar.

Ele ainda estava no processo de lidar com os próprios instintos, e ter uma soulmate de repente só bagunçava e tornava tudo mais intenso. Era algo a mais para lidar numa vida que já era complicada.

_ Mas então, minha mãe disse que vamos nos casar quando eu crescer - Ana falou, descendo do balanço.

Christian ficou um pouco surpreso, mas era clara a inocencia e até diversão nos olhos de Ana com aquela pergunta. Ela ainda lhe encarava em expectativa e tinha as mãos entrelaçadas na frente do corpo, uma sobrancelha erguida.

_ Só se você quiser - ele respondeu.

_ Claro que eu quero - ela falou animada, dando alguns pulinhos. - Você parece o príncipe encantado. Eu vou ser sua princesa, tudo bem?

Christian riu, mas também concordou.

_ Mas, então, o que a gente faz enquanto eu não cresço? - Ana perguntou com o cenho franzido. - Sou muito criança para casar e você nem tem cara de marido também.

50 Tons de um ImprintingOnde histórias criam vida. Descubra agora