• Capítulo Onze •

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Novembro, 2015

"Eu sou uma bagunça quando penso demais nas pequenas coisas na minha cabeça, você parece sempre me ajudar a recuperar o fôlego, mas então eu o perco de novo quando olho para você."

Ana havia dormido por bastante tempo, mais até do que Christian, que realmente estava mais do que cansado. Mas houve um período, já a tarde, o dia terminando e a noite chegando, que os olhos azuis favoritos de Christian se abriram.

Ela piscou devagar, tentando entender onde estava, se espreguiçando então, os braços se esticando e batendo no corpo ao seu lado, a fazendo se assustar antes de sorrir ao reconhecer quem era.

_ Alfa - ela suspirou baixinho, se sentando rápido, o encarando. - Você voltou.

A voz de Ana estava um pouco rouca, sua pele vermelha, a ponta do nariz ainda mais, e ela já fungava, e havia espirrado bastante enquanto dormia. Com certeza tinha pegado um resfriado brabo com a tempestade de ontem. Mas ela sorria mesmo assim, sentindo o corpo dolorido e a cabeça latejar, dificuldade para resfriar e a coriza descia por seu nariz o tempo todo.

Christian espelhou seu sorriso, levando uma das mãos para acariciar seu rostinho amassado e inchado de tanto dormir, o cabelo todo bagunçado, mas linda como sempre.

_ Eu nunca saí do seu lado, meu anjo - Christian respondeu.

Christian ainda estava encantado com tudo o que Ana era e representava para ele, o lobo estava em êxtase dentro de si, completamente confortável e relaxado por ter sua soulmate, sendo controlado pelo sorriso dela e suas mãozinhas que acariciaram seus pelos durante toda a noite passada.

Estavam em equilíbrio, de uma forma que a parte humana e animal de um alfa nunca esteve em tão pouco tempo. Era como se o lobo conhecesse Ana ha muito tempo, eles apenas se reencontraram, e ela não ficava atrás.

_ Voce se lembra do que aconteceu? - ela perguntou inocente e preocupada, deitando a cabeça em sua mão, querendo mais carinho porque ela era sempre carente de Christian.

_ Um pouco, os momentos estão aparecendo de repente, mas se eu forçar muito me dá dor de cabeça - ele respondeu de forma sincera.

Ana então balançou a cabeça, fazendo um biquinho.

_ Então não faça isso - pediu, o tom autoritário e resmungão. - Eu e lobinho nos demos bem. Ele não se importou com eu pegar um resfriado por conta da chuva, mas depois podemos explicar para ele.

Christian deu uma risadinha.

Lobinho.

Ele se lembrava claramente daquilo.

O lobo não havia gostado nem um pouco da forma como ela o chamou, se sentindo até ofendido com o diminutivo porque ele era metido e arrogante. Assustador. E não um lobinho.

_ Nao vai chamá-lo de lobinho, por favor - Christian pediu.

As emoções se misturavam, e ele sabia que haveria um tempo em que seriam um só, a raiva, a confusão, alegria.

Ana apenas deu de ombros, o sorriso atrevido já destacando como ela não pararia.

De qualquer forma não importava, ela podia chamá-lo como quisesse, Ana tinha todos os créditos e direitos sobre ele.

_ Quero te dizer uma coisa - Christian falou, se sentando na cama.

Estavam em seu quarto, ele havia acordado um tempo antes de Ana, mas a menina estava com uma das mãos grudadas em sua camisa, então ele sequer havia se mexido, apenas admirando a pequena.

50 Tons de um ImprintingOnde histórias criam vida. Descubra agora