• Capítulo Seis •

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Dezembro, 2013


"Você me tem em suas mãos, nem sabe o tamanho do seu poder. Eu estou a centenas de metro do chão, mas eu caio quando estou perto de você."


Com as semanas se passando tudo se tornou uma rotina. Christian se preocupava em ver Ana todos os dias, geralmente a buscando na escola ou então a levando, ele também dedicava algumas horas de sua semana para estar especificamente com ela em suas brincadeiras que era cada vez mais... malucas, onde ele era um príncipe em perigo e ela sua salvadora.

Mas a rotina era realmente apenas aquilo, porque Ana era uma loucura a cada dia. Era impressionante ver a menina crescer e aprender o tempo inteiro, mas também havia algo sobre ela que enlouquecia todo mundo e ele até sentia pena dos pais da menina: Ana era uma força da natureza, nada era capaz de pará-la ou controlá-la.

E ela era uma pestinha ainda pior que Mia.

_ Papai, preciso de dez dólares - ela pediu de repente.

Estavam na sala de estar da família Steele, era quase natal e Ana intimou que Christian tinha que estar junto para a decoração do Pinheiro.

Então ele estava ali, em plena sexta à noite pendurando bolinhas de plástico com a carinha fofa de Ana dentro delas e muitos brilhos em volta também, havia uma meia com a inicial de seu nome e uma com o de Mia e Carla fazia biscoitos de gengibre - bem, sem gengibre só porque Christian era alérgico.

As famílias estavam cada vez mais juntas pelo acaso do destino, mas era algo bom.

_ Por que precisa de cinco dólares? - seu pai, Ray, questionou, atravessando o balcão da cozinha segurando duas canecas de chocolate quente com bastante chantilly por cima porque era como a criaturinha gostava.

Christian riu baixinho porque Ray sempre tentava enrolar Ana de alguma forma e a garota não dava o braço a torcer nem por um decreto.

_ Dez! - ela corrigiu lhe franzindo o cenho. - Eu preciso muito.

_ Para o que exatamente? Não posso saber? - ele jogou, entregando os chocolates para Christian e a menina.

Carla veio atrás também com uma bandeja com biscoitos e no braço algumas tiras de luzinhas de natal para pendurarem nas escadas.

Christian só esperava que ela não contasse aquelas coisas para sua mãe, porque ele sempre se recusava a decorar a casa com ela e Mia, e agora estava ali, fazendo as vontades de Ana de muito bom grado.

A menina ao seu lado suspirou dramaticamente.

_ Eu apostei que ganharia de José ou de qualquer menino chato da escola - ela contou.

_ Apostou? - seu pai ficou surpreso. - Não gosto dessa atitude.

Ana deu de ombros, não parecendo se importar com aquela informação porque havia algo mais importante que sua atitude ilícita.

_ Eu disse que ele foi burro por ter errado uma cesta fácil, e ele disse para eu ir fazer melhor, só que eu estava de sainha, a mamãe disse que não posso correr nem pular quando eu estou de saia, e aí ele disse que eu estava com medo e que uma menina jamais faria melhor que um menino, aí disse "você quer apostar?", e ele e os amigos riram, e eu disse "segunda, no recreio, vou acabar com você", aí ele disse...

_ Meu Deus, Ana, respira, filha, por favor - Carla falou, mas prendia o riso com as declarações da menina enquanto Raymond e Christian pareciam chocados demais.

50 Tons de um ImprintingOnde histórias criam vida. Descubra agora