Setembro, 2020
"Se eu pudesse mudar o mundo durante a noite não haveriam coisas como o adeus, você ficaria bem onde você estava e nós teríamos a chance que nós merecemos."
Como uma garota de quinze anos Ana chegou em seu quarto e se jogou na cama, encarando o teto e pensando em sua vida difícil. Ela não queria chorar, claro que não, não precisava. Ela queria era resolver a situação. E só do carro até seu quarto ela já tinha um monte de ideias, então quando sexta chegou e as aulas terminaram, ela já tinha um plano.
Primeiro de tudo: Christian era seu alfa. Segundo de tudo: ela não seria o tipo de garota que ficaria em casa chorando, ela encararia de frente, resolveria e colocaria as cartas na mesa.
Então, antes mesmo de chegar em casa, a garota ligou para o pai.
Eles ainda não estavam em sua melhor fase, mas ela entendia agora como Raymond parecia não perceber que havia a magoado, e então ela deixava ele seguir o caminho do trilho até ela e ia aonde dava.
_ Oi, filhota - seu pai atendeu no primeiro toque, parecendo animado.
Eles iriam a fazendo dos bisos naquele fim de semana, uma pré comemoração do aniversário de Ana porque seu pai não poderia estar ali no dia certo, e seus bisos também não.
_ Oi, papai - ela falou em tom manhoso, tossindo no final. - Eu acho que não vai dar para eu ir - murmurou baixinho, tossindo mais. - Eu acho que peguei uma virose esquisita, não é bom ficar assim perto dos bisos, eles são frágeis, né?
Do outro lado Raymond suspirou em muxoxo.
_ Eta, princesinha, parece mal mesmo - ele falou do outro lado.
Ana sentiu uma pontadinha de culpa no coração, mas havia muito mais de outro sentimento para ela ligar naquele momento.
_ É. Desculpe, pai, não vai dar mesmo. Eu até me esforcei aqui, mas parece que só piorou indo para a escola - falou. - Podemos ir quando o senhor voltar, na outra semana - sugeriu.
_ Sim, sim, claro. Eles querem ver você, então remarcamos, amor.
_ Ótimo. Eu também quero vê-los. E também preciso pegar meus presentes que eles com certeza compraram - ela comentou.
Ray riu do outro lado.
_ Voce não muda mesmo, não é, baixinha?
Fazer o que se Ana amava ganhar presentes?
Ela não se demorou mais na ligação com o pai, na entrando em casa logo em seguida e dando de cara com sua mãe, que arrumava uma bolsa grande.
_ Ah, oi, minha lindinha - Carla cumprimentou.
Ana franziu o cenho ao ver a mãe vestindo um vestido azul claro e sandálias douradas, o cabelo solto e bonito, e ela estava até usando maquiagem. Ana sorriu em automático, parecia com a sua mãe de antes, e ela parecia feliz e ela amava aquilo.
_ Está tão bonita - Ana comentou, se recostando no sofá, até se esquecendo de seus planos ao ver sua mãe daquela forma.
Carla fez um gesto com a mão de que nao era nada demais.
_ Voce vai ficar com seu pai esse fim de semana e uma amiga me convenceu a passarmos esses dias numa pousadinha no interior, tem piscina e tudo, acabei aceitando - ela contou.
Ana sorriu em automático, seu plano fazendo reviravoltas em sua mente agora.
_ Legal - falou. - Eu vou ficar com Christian esse fim de semana.
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50 Tons de um Imprinting
Hayran Kurgu"_ Então acho que não precisa de mim, não é? _ Nao, não - ela se agitou, pulando do banco e parando a sua frente, pegando suas mãos em ansiedade. - Eu sou sua soulmate. Eu sempre vou precisar de você, alfa."