• Capítulo Dezoito •

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Setembro, 2020

"Se eu pudesse mudar o mundo durante a noite não haveriam coisas como o adeus, você ficaria bem onde você estava e nós teríamos a chance que nós merecemos."

Como uma garota de quinze anos Ana chegou em seu quarto e se jogou na cama, encarando o teto e pensando em sua vida difícil. Ela não queria chorar, claro que não, não precisava. Ela queria era resolver a situação. E só do carro até seu quarto ela já tinha um monte de ideias, então quando sexta chegou e as aulas terminaram, ela já tinha um plano.

Primeiro de tudo: Christian era seu alfa. Segundo de tudo: ela não seria o tipo de garota que ficaria em casa chorando, ela encararia de frente, resolveria e colocaria as cartas na mesa.

Então, antes mesmo de chegar em casa, a garota ligou para o pai.

Eles ainda não estavam em sua melhor fase, mas ela entendia agora como Raymond parecia não perceber que havia a magoado, e então ela deixava ele seguir o caminho do trilho até ela e ia aonde dava.

_ Oi, filhota - seu pai atendeu no primeiro toque, parecendo animado.

Eles iriam a fazendo dos bisos naquele fim de semana, uma pré comemoração do aniversário de Ana porque seu pai não poderia estar ali no dia certo, e seus bisos também não.

_ Oi, papai - ela falou em tom manhoso, tossindo no final. - Eu acho que não vai dar para eu ir - murmurou baixinho, tossindo mais. - Eu acho que peguei uma virose esquisita, não é bom ficar assim perto dos bisos, eles são frágeis, né?

Do outro lado Raymond suspirou em muxoxo.

_ Eta, princesinha, parece mal mesmo - ele falou do outro lado.

Ana sentiu uma pontadinha de culpa no coração, mas havia muito mais de outro sentimento para ela ligar naquele momento.

_ É. Desculpe, pai, não vai dar mesmo. Eu até me esforcei aqui, mas parece que só piorou indo para a escola - falou. - Podemos ir quando o senhor voltar, na outra semana - sugeriu.

_ Sim, sim, claro. Eles querem ver você, então remarcamos, amor.

_ Ótimo. Eu também quero vê-los. E também preciso pegar meus presentes que eles com certeza compraram - ela comentou.

Ray riu do outro lado.

_ Voce não muda mesmo, não é, baixinha?

Fazer o que se Ana amava ganhar presentes?

Ela não se demorou mais na ligação com o pai, na entrando em casa logo em seguida e dando de cara com sua mãe, que arrumava uma bolsa grande.

_ Ah, oi, minha lindinha - Carla cumprimentou.

Ana franziu o cenho ao ver a mãe vestindo um vestido azul claro e sandálias douradas, o cabelo solto e bonito, e ela estava até usando maquiagem. Ana sorriu em automático, parecia com a sua mãe de antes, e ela parecia feliz e ela amava aquilo.

_ Está tão bonita - Ana comentou, se recostando no sofá, até se esquecendo de seus planos ao ver sua mãe daquela forma.

Carla fez um gesto com a mão de que nao era nada demais.

_ Voce vai ficar com seu pai esse fim de semana e uma amiga me convenceu a passarmos esses dias numa pousadinha no interior, tem piscina e tudo, acabei aceitando - ela contou.

Ana sorriu em automático, seu plano fazendo reviravoltas em sua mente agora.

_ Legal - falou. - Eu vou ficar com Christian esse fim de semana.

50 Tons de um ImprintingOnde histórias criam vida. Descubra agora