50 Tons de um Imprinting

• Momentos Extras •

Abril, 2024

Quebrando um pouco o protocolo do país, o inverno em Seattle acabou se estendendo bastante, e somente em abril as flores começaram a brotar e o sol voltou a aparecer, o clima finalmente ficando quente, fazendo Ana acordar com os raios solares entrando no quarto, seus olhos se abrindo e dando de cara com a vista da baía no horizonte, completamente limpa e azul, os barcos passando de um lado a outro.

Christian e ela haviam se mudado há um mês, agora moravam na parte vitoriana de Seattle, ainda perto dos pais de Christian, e um pouco longe de sua mãe, mas estava a convencendo a se mudar também, juntando forças com Bob.

De qualquer forma, um mês era pouco tempo - e Ana achava que dez anos também seria - para se acostumar a acordar com aquela vista todos os dias.

Ainda ficava sem fôlego com aquilo.

E claro, também ficava sem fôlego quando seu marido saía do banheiro, cheirando a banho tomado e só uma toalha na cintura, era a única vista que a fazia desviar do litoral naquela hora da manhã.

_ Ah, mas eu queria continuar na cama com você - resmungou quando o viu pegando um terno no closet aberto bem em frente a cama. - É sábado, alfa, e sábados não podem ser usados para trabalhar - ela reclamou, se sentando para apreciar melhor a vista do marido retirando a toalha agora.

_ E podemos voltar, querida, mas primeiro você precisa comer, Kate disse que vem para tomar café com você e ela deve estar chegando - ele falou. - Eu tenho uma reunião agora, e eu prometo que vai levar no máximo duas horas, é o tempo de vocês fofocarem sobre seus maridos incríveis, mas que voces sempre arrumam defeito. Vamos almoçar naquele restaurante que você gosta.

Ana revirou os olhos.

Sabia que Christian ainda estava se desdobrando com a empresa porque havia ficado muito tempo longe, ele literalmente havia deixado tudo para lá quando os bebes nasceram, e com toda a necessidade dos lobos em estar com a família, ele nao conseguia se concentrar em nada a não ser sua própria família. Contratos foram burlados, clientes perdidos, e muito dinheiro investido. Ele tinha que tomar as rédeas e estava indo muito bem, mas as vezes aquele tipo de coisa tinha que acontecer, tipo uma reunião num sábado de manhã um cara importante para caralho.

Mas Ana também tinha que fazer seus dramas só para não acostumar o outro com a falta deles.

Então ela suspirou dramaticamente e enquanto seguia para o banheiro, resmungou sobre reclamar mesmo dos defeitos de seu marido.

Quando os dois desceram, Ana segurando seu pequeno Noah, e Christian com Aruna e Arche nos braços, Kate já os esperava na mesa posta de café da manhã, do lado de fora da casa, como a loira mesmo havia sugerido para pegar um sol na barriga grande de oito meses.

A loira logo correu para pegar um dos bebes no colo de Christian, sequer cumprimentando os dois, totalmente apaixonada nas coisinhas como todo mundo daquela cidade.

_ Bom dia, luz dos meus olhos - ela brincou segurando Arche e tentando pegar Aruna também.

Christian bufou com a falta de educação da outra - e ciumes por seus bebes também - a ajudando, colocando os bebes sentados em suas coxas quando ela voltou a sentar na cadeira.

_ Então voce não vai mesmo tomar café comigo em pleno sábado? - Ana questionou, a voz manhosa e o biquinho feito.

Kate pressionou os lábios um no outro porque aquela altura conhecia muito bem a amiga para saber quando ela estava fazer apenas muito drama com seu alfa, provavelmente pretendendo pedir alguma coisa absurda a ele e agora fazendo parecer primeiro que ele estava errado em algo.