Outubro, 2023
"Eu desistiria da eternidade só para te encontrar, porque eu sei que só você me entende. Você é o mais próximo que eu já cheguei do paraíso, e eu faria de tudo para continuar nele."
Quando chegaram ao hospital, nem mesmo Grace conseguiu o primeiro toque com Ana, a garota se transformando num lobo no primeiro indício, completamente em alerta mesmo letárgica.
Cinco dias inteiros foram precisos para enfim tudo se tornar... normal novamente.
Durante aquele período, Christian decidiu e instruiu a todos não forçarem uma aproximação, o lobo de Ana era protetor demais e se houvesse algo errado com a menina ou o bebê, ele mesmo teria sentido.
Durante aqueles cinco dias tudo foi impressionante de ver e viver, nunca haviam visto uma conexão tão rápida quanto a de Ana com o lobo.
Elas se preocupavam entre si, o lobo caçava - sempre perto e se certificando de que Christian também estava perto - para manter Ana alimentada e saudável e descansava sempre nos horários que um humano também faria - ou talvez só imitasse Christian. Ela não permitia que ninguém se aproximasse, nem mesmo sua mãe, o único que a tocava era Christian, e ele se assustava com a barriga do lobo crescendo dia após dia.
Christian ajudava o lobo com tudo, cuidando de seu estado, sempre perto e colado em suas quatro patas, sendo alvo de lambidas sem sentido e explorado em fazer carinho em seus pelos brancos.
No fim do quinto dia, o corpo de Ana, completamente limpo e com apenas as cicatrizes do acidente agora foi encontrado dormindo tranquila na cama de seu quarto quando Christian entrou após o jantar.
E como ele sabia que deveria esperar, a barriga protuberante e redonda estava ali, parecendo destacar algo como cinco ou seis meses.
Provavelmente sentindo seu cheiro e ouvindo seu coração, Ana abriu os olhos devagar, suspirando enquanto se espreguiçava.
_ Oi, meu amor - Christian murmurou ao se sentar só seu lado.
Ana olhou em volta, se concentrando e se encontrando, e então encarou o alfa, pressionando os lábios.
_ Fiquei com saudade - ela falou, a voz rouca de tanto tempo sem uso e o tom manhoso de sempre porque era seu alfa ali.
Christian se aproximou mais, logo a pegando nos braços, se preocupando em passar o lençol por seu corpo nu por conta da varanda com as portas abertas e o ar frio de outono entrando.
_ Eu também. Você não faz ideia - ele respondeu, enterrando o rosto em seu cabelo, suspirando ao sentir o cheiro de sempre dela. - Eu te amo tanto...
Ana se acomodou em seu colo, tentando agarra-ló de todas formas, e franziu o cenho ao ter algo entre eles impedindo o toque dos corpos naquela posição.
A garota olhou para baixo, mirando sua barriga, arregalando um pouco os olhos e só então sentindo o peso diferente em seu próprio corpo.
_ Caramba - sussurrou em assombro. - Isso é tão...
_ Ei, vai ficar tudo bem - Christian segurou em seu rosto enquanto acariciava seus cabelos, tentando mantê-la calma.
Ana balançou a cabeça, ainda encarando a barriga protuberante e redondinha, o umbigo começando a saltar de forma fofa.
_ Isso é impressionante - ela murmurou. - É bizarro também, mas... incrível - olhou para Christian então, que já a encarava. - Você não acha?
_ Bizarro e incrível? - ele questionou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
50 Tons de um Imprinting
Fanfiction"_ Então acho que não precisa de mim, não é? _ Nao, não - ela se agitou, pulando do banco e parando a sua frente, pegando suas mãos em ansiedade. - Eu sou sua soulmate. Eu sempre vou precisar de você, alfa."