• Capítulo Quarenta e Cinco •

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Novembro, 2023

"Eu amo como minha vida pode estar exatamente onde eu nunca imaginei que poderia, e eu amo amar isso."

Três dias sempre significaram muito tempo na concepção de Christian. Três dias sem trabalhar, três dias sem correr, três dias sem comer... três dias era muito tempo.

Mas nada se comparava a três dias sem ver Ana, três dias sem ver Ana e tendo de cuidar de três bebês.

Claro que havia o fator rede de apoio, sua família inteira estava ali ajudando, mas havia também o fator de ele ser o pai daqueles bebês, de ele ser o seu alfa e apenas o seu cheiro, o seu colo e a sua voz poderia acalma-los.

E ele tinha bebês que não se acalmavam fácil.

Foram apenas minutos depois do nascimento do último bebê, sua pequena garotinha, e Ana não conseguiu controlar o próprio lobo, e enquanto Christian segurava sua filha pela primeira vez, sua soulmate se transformou.

Vovô Thomás garantiu que o lobo de Ana apenas estava ajudando a garota a se recuperar, protegendo e curando seu corpo porque ele entendia que os bebês precisavam muito de Ana e não de uma forma de lobo agora.

Mas já eram três dias.

_ Oi, meu amor, você acordou de novo - Christian murmurou baixinho enquanto olhava o bebê no berço.

Havia convencido Ana de comprar três berços e não apenas um, e tudo estava montado num dos quartos de hóspedes da mansão porque sabiam que precisariam de ajuda pelo menos nos primeiros meses, e Grace e Carrick estavam nas nuvens em tê-los tão perto.

Tudo havia sido escolhido por Ana, mesmo com a garota tendo de estar dentro de casa, a cor das paredes eram cinzentas e claras, os detalhes brancos dos móveis, e os berços da mesma cor, havia três cômodas com os nomes dos bebês, e um Christian não sabia bem como eles fariam porque Aruan não existia, e sim a sua garotinha de grandes olhos azuis que o miravam as 2h da madrugada.

_ Por que você não pode dormir como seus irmãos? - Christian resmungou enquanto pegava a bebê nos braços.

Era tão automático, ele só sabia como fazer, não tinha medo algum e nem dúvida, ele pegava os bebês pequenos e rechonchudos no colo, trocava fraldas, dava mamadeira e até banho - sob a supervisão de sua mãe e de Carla e os olhos tempestuosos de uma Lobinha, mas ele foi ótimo na tarefa.

Ana, em forma de lobo ainda, choramingou ao seu lado, o focinho tocando a as costas de Christian que era onde ela alcançava.

_ Está tudo bem, Lobinha, acho que ela só precisa de uma fralda nova - Christian falou.

Deu uma olhada nos outros berços e realmente Noah e Arche estavam dormindo apagados, os bracinhos e perninhas abertas, as barriguinhas estufadas e cheias de leite, e Arche até mexia a boquinha como se mamasse sua mamadeira.

Estavam maiores naqueles três dias, era perceptível, estavam mais gordinhos e mais pesados, os olhos mais atentos, e fungavam sempre farejando o pai e Lobinha.

_ Eu já estou muito bom nessa tarefa - Christian comentou, fazendo a bebê prestar bastante atenção nele, piscando devagar enquanto esperava o pai tirar seu macacão azul claro.

A garotinha usava roupas de "menino", Christian havia recusado que qualquer um comprasse um vestido sequer ou um laço para a pequena, alegando que Ana quem faria aquilo, ele sabia que a garota iria surtar o fazendo e ele teria mais do que um rombo na conta da empresa - e sinceramente, não via a hora daquilo acontecer.

Amava Lobinha como amava sua Ana, mas nada se comprava em ter os braços da garota em volta de seu seu corpo, sua respiração em seu pescoço, seus beijos fora de hora e seus atrevimentos.

50 Tons de um ImprintingOnde histórias criam vida. Descubra agora