CAPITULO 4

132 18 49
                                    

**GRAYSON**

Um dia antes...

O sol do início da manha surgia em feixes entre as densas folhas das árvores. A floresta está ainda repleta de névoa e minhas bolas estão congelando nesse frio.

É por isso que não lido com minhas fontes pessoalmente. Odeio frio, odeio acordar pela manhã e o odeio o fato que esses filhas da puta são tão perseguidos pela polícia que o único jeito de encontrar com eles sejam em matas frias e fechadas em outro estado as seis da manhã.

Merda. O dia mal começou e eu já estou de mal humor.

O barulho da mata sendo amaçada me indica que Dove, um dos meus informantes mais eficientes, estava chegando, mesmo que esteja uns 30 minutos atrasado.

- Achei que os britânico eram conhecidos por sua pontualidade impecável.

- Diga isso aos policiais que apareceram na porta da minha casa a 30 minutos.

Automaticamente entrei em estado de alerta.
Policiais na casa de Dove? Isso não era bom.

Dove pareceu concordar comigo quando sacou sua arma e a apontou na direção de meu rosto.
Eu poderia tirar a arma das mãos idiotas de Dove. Mas eu gostava demais do trabalho dele para desperdiçar esse serviço apenas por um erro mal interpretado dele.

Não posso o julgar, afinal, se um conhecido cruzasse todo o estado atrás de mim, e no mesmo dia policiais batessem na minha porta. Eu provavelmente apontaria uma arma na cara do infeliz.

Levantei minhas mãos para o alto.
- Dove, pense direito no que está prestes a fazer - eu disse lentamente - Eu não tenho motivos para te trair Dove.

- E quando é que você precisa de um motivo para trair alguém Grayson?

Semeei meu rosto em concordância. Bom, eu não costumo mentir, as pessoas podem não saber a verdade sobre minha verdadeiras intenções, mas todos sabem que não são mentiras que saem da minha boca.

Se eu começasse a falar a verdade para todos, muitos duvidariam da minha verdade. Isso seria um grande caos. Deixo esse caos para minha mente, e para os outros, deixo apenas a minha verdade.

- Você é a única fonte que sabe das informações que eu preciso, que sentido faz eu te entregar sem nem obter minhas informações antes?

Dove tocou o cano da arma na minha cabeça.
- Está fazendo um péssima trabalho para me provar o contrário, traidor.

Esse foi o estopim, rápido e doloroso.
Fácil assim minha mão alcançou a faca escondida no encaixe falso da minha manga. Rápido o bastante empurrei a arma para longe da mira de minha cabeça e com a faca cortei o tendão de sua mão.

O imobilizando tempo suficiente para que ele não fizesse nenhuma besteira.

- Sabe, se tem algo que eu odeio mais que estar com as bolas congeladas nesse mato as seis da manhã, é você apontando uma arma para a porra da minha cabeças. - eu disse estressado ajeitando meu casaco e me recompondo - Então tenha modos.

Dove gritava de dor no chão. Dramático como sempre.

- Ande, pare com isso. - eu disse o levantando do chão - Eu cortei o tendão da sua mão, não uma perna! Seis meses de fisioterapia te ensinaram a não apontar uma arma antes de fazer as perguntas certas.

As Verdades de La ReinaOnde histórias criam vida. Descubra agora