**LOGAN**
Dirijo todo o caminho até a oficina de Ralph com tranquilidade, Amber aceitou a venda que eu coloquei em seus olhos e desde que eu a coloquei dentro da caminhonete ela não fez nenhum movimento para tentar fugir, apenas se manteve quieta e acuada em seu assento durante o trajeto.
Eu não sabia se ficava realmente feliz com isso, acreditando que isso aconteceu pelo ocorrido na mata, que deve ter a afetado um tanto, e não porque ela desistiu de tentar fugir e aceitou sua captura.
Sendo bom ou ruim eu preferia ela assim ao invés de ficar se preocupando se ela pularia do carro em movimento.
Mas eu não sou ingênuo o bastante para não perceber o que ela achava que iria acontecer naquela mata, e eu não sou ingênuo o suficiente o bastante para acreditar que ela reagiu daquela forma por estar apenas com medo.
Ela estava com um tremor em seu corpo, quase como o terror extremo age sobre o corpo das pessoas. Eu tenho quase certeza que ela reagiu daquela forma porque já deve ter passado por isso, com alguém a forçando... Eu nem mesmo consigo nessa ideia. Eu já tinha presenciado muito disso com meus pais, e eu não quero viver isso de novo.
Eu penso sobre tentar descobrir mais sobre isso depois que a apresentasse a Ralph e DeLuca e a instalasse no lugar. Duvido que ela me dará qualquer informação desse tipo por agora, ou por um tempo. Mas outra parte de mim diz que o correto é deixá-la me contar, mesmo que isso signifique que eu nunca saiba realmente o que aconteceu.
Se eu descobri sobre isso pelas costas dela, a mísera chance de ela não arrancar minha cabeça vai para o espaço, eu cometi esse erro uma vez com Sam, quando investiguei o que aconteceu com sua família por suas costas, ela me deu uma surra muito grande por intervir nos assuntos dela. Acho que ela ficará feliz em ver que eu aprendi a lição e não estou disposto a cometer o mesmo erro de novo.
***
Estaciono o carro na garagem e desligo o motor, e desço contornando o capo e abrindo a porta de Amber e a puxando dali. Ela recuou ao meu puxar, mas eu ignorei a ação imaginando que ela preferiria minha ignorância á minha pena.
A guiei pela passagem que leva aos fundos da oficina, onde nossa central se encontra. Logo na entrada, Ralph e DeLuca aguardavam no espaço principal.
Levo Amber adiante até todos nós estejamos próximos e assim que isto acontece, eu retiro a venda de seus olhos.
- Amber, este é Ralph. - apontei para o mais velho - Ele é meu braço direito e este é DeLuca. O terceiro no comando.
Nunca vi aqueles dois com os olhares mais neutralizados e mais tensos do que nesse momento. Encaro Amber e não me surpreendo que ela estivesse com a mesma neutralidade no olhar e a mesma tensão acumulado nos ombros.
- É uma honra conhecê-la La Reina. - Amber moveu os olhos rapidamente de Ralph para mim assim que ele pronunciou seu outro nome.
Eu entendi o que o olhar que ela me direcionou significava. Nessa vida, nossa única segurança é que poucos sabem nossos codinomes, e menos pessoas ainda sabem nossos nomes reais. La Reina por muitos é considerada uma lenda urbana porque pouquíssimas pessoas podem afirmar que ela é real, e menos pessoas ainda podem afirmar que a viram e sobreviveram para contar a história.
- É um prazer. - concedeu DeLuca.
Amber voltou a encara-los com descaso e eu pude sentir a tensão aumentando de ambos os lados dessa conversa. Por isso resolvi interromper.
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As Verdades de La Reina
Teen Fiction"Vocês já quem nós somos. Mas parece que não éramos os únicos guardando segredos aqui" Agora que os segredos da gangue de Amber foram descobertos, Amber e seus amigos terão que lidar com as consequências das verdades que tentaram encobrir. O reform...