CAPÍTULO 15

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**GRAYSON**

É perto de meio dia. Estou prestes a virar a esquina que me dá a maior visão da boate da região.

É estranho sair em alguma missão a luz do dia, no meio do dia. Sempre me acostumei a realizar minhas missões a noite ou na calada da manhã, não estou mais habituado a fazer esse tipo de coisa com tantas pessoas na rua a minha volta.

Eu entro no pequeno beco, a esquina mais próxima do Hills bar, vou até o final da rua e subo pela escada de incêndio do prédio abandonado. Mas me surpreendo quando subo até o topo do telhado, vendo que eu não sou o único por aqui disposto a espionar nossa boate alvo.

Uma cabeleireira ruiva está por aqui também.

A rua é de domínio público - Supondo que o prédio abandonado ao lado da boate se inclua nisso - o único problema aqui era que Logan não tinha me informado que Sam estava nas ruas, fase do vigia, ele não deixaria ela fazer isso e se arriscar a ser pega ou pegar alguma doenças que infeccionassem o machucado dela. O que significa que ela estava aqui escondida.

Uma raiva subiu por meu peito.
Essa garota cheira a traição e desperta meu pior lado só de estar perto de mim.

Eu me aproximei dela silenciosamente, ela estava deitada no telhado, próxima ao fim do limite do chão, e usava... Um binóculo para enxergar a rua?
Analisando seu equipamento que estava espalhado pelo local, supus que ela devia estar aqui por um bom tempo. Eu chego perto o suficiente, mas quando ela percebe isso já é tarde demais.

Ela me da uma rasteira me derrubando ao chão, mas com meus longos casos de brigas ao longo do reformatório, então foi fácil redirecionar o equilíbrio do meu corpo e jogá-lo sobre o de Sam.

Imobilizei seus braços abaixo de seu quadril, esperando que isso a parasse quando olhasse para o meu rosto.

Ela o fez, mas ainda continuou esperneando mesmo assim.

- Pequena raposa. - eu a chamei em tom de divertimento enquanto ela ainda tentava se livrar de mim, chamando sua atenção para meu rosto.

Seus movimentos pararam no exato momento em que ela me viu.
- Grayson, meu Deus! - ela disse assim que me viu.

- Desculpe, te assustei? - questionei segurando seus pulsos com mais força quando ela começou a torcê-los sob minhas mãos - Isso aqui nao é lugar para uma pequena viciada como você estar, não é?

- Me solte, Grayson! - ela ordenou e eu gargalhei.

Não soltaria.

Era revoltante. Nos últimos anos eu tinha guardado meus sentimentos unicamente para as pessoas que me machucaram. Os Guilards, Amber - por um tempo -, minha mãe, mais alguns inimigos da época do reformatório e eu mesmo.

Era revoltante que eu sentisse isso por alguém que eu mal conhecia.
- Não é você que dá as ordens por aqui. - eu a sobressai.

- O que você quer? - ela me perguntou furiosa, mas parou de mexer as mãos e se conteve em ficar parada.

Seus olhos estavam rancorosos, e eu tenho certeza que se ela pudesse me jogaria desse telhado agora.

O que você quer?
Eu queria tantas coisas. Eu vou dar um jeito de consegui-las agora.

- Quero saber exatamente o que você quer aqui. Porque em nenhum momento Logan me contou sobre você estar aqui.

Eu não conseguia não ouvir a voz na minha cabeça que dizia que Sam estava aqui para nos espionar.

As Verdades de La ReinaOnde histórias criam vida. Descubra agora