- Como você pode mentir tanto, cara ? Me diz ? - Eu falava complemente transtornado. - Você que entrou aqui falando um monte de besteira e quebrou minha guitarra, por isso eu te dei um soco no olho.
M/m: Meu filho...por favor, se acalme, a gente conversa sobre isso amanhã. - Eu conseguia ver pelo olhar dela que ela não acreditava em mim, dei um suspiro frustado e olho pro lado negando com minha cabeça.
- Já entendi, você não acredita em mim. - Sai do quarto e desci as escadas bem rápido, a voz do meu pai e da minha mãe me chamando pra voltar entravam em meus ouvidos e saiam pelo outro, saí de casa batendo a porta, coloquei o capuz e saí correndo pro único lugar que faria com que eu me sentisse melhor, o único lugar que iriam acreditar em mim, o meu refúgio.
Corri só até ficar longe o suficiente de casa depois disso eu comecei a andar em passos longos até chegar na casa dela, da S/a. Seu quarto ficava no segundo andar da casa assim como o meu, eu saí tão rápido de casa que nem sequer peguei meu celular, muito menos as chaves da casa, então eu iria entrar a moda antiga. Quando éramos crianças, Vance sempre muito ciumento, nunca me deixava ficar perto da irmã de ele não estivesse por perto, então a gente prendeu uma corda no suspensório da janela dela, e eu subia por ela e entrava no quarto, espero que a janela não esteja trancada. Peguei a corda e fui escalando até chegar na janela, tentei abrir e estava trancada, as cortinas estavam fechadas me impedindo de ver se ela estava acordada ou não, dei batidinha no vidro torcendo pra que ela abrisse e eu pudesse cair em seus braços.
Eu já ia desistir e descer quando as janelas foram abertas me dando a visão da garota mais linda que eu já vi em toda minha vida, ela abriu imediatamente a janela e me puxou pra dentro.
S/n: Mase, o que tá fazendo aqui ? - Ela olha bem nós meus olhos. - E porque tá chorando, o que aconteceu? Ele de novo ?
Eu a abracei forte me jogando em seus braços, ela por sua vez alisou minhas costas com a palma das mãos, aos poucos ela foi me levando pra cama, se sentou e me deixou me deitar em seu colo, mexia em meus cachos sempre tomando cuidado pra não desmanchar eles, era tão cuidadosa quando queria..
- Ele entrou no meu quarto, e eu estava dando um tapa, sabe ? - Ela olha pra mim com um sorriso de canto já sabendo do que eu estava falando. - Ele começou a falar que eu nunca daria orgulho pra minha família, e que eu não fazia nada além de ficar chapado e tocar guitarra, ele pegou minha guitarra e espedaçou ela, S/a..
Seu olhar pairou sobre mim com tanta tristeza quanto o meu, ela sabia que de tudo da minha vida, sabia que eu odiava ficar em casa por causa daquele homen, sabia que minha maneira de escapar disso quando tava em casa era tocar e as vezes dar um trago, minha guitarra expressava vários dos meus sentimentos.
S/n: Eu sinto muito, cachinhos...vai passar, tudo bem ? Vamos comprar uma guitarra nova pra você, eu sei que você gostava muito daquela, mas eu duvido muito que vai dar pra reconstruir...já sei...tá com sua paleta aí ?
Afirmo que sim com a cabeça.
S/n: Me dá. - Tirei minha paleta do meu bolso e entrei a ela.
Ela pegou na cabeceira da cama uma caixinha amarela e um porta jóias, tirou de dentro do porta jóias um colar, ela uma correntinha fina e feita de prata pura, eu me lembro de quando ela ganhou, ela mesma mineirou a prata quando viajou pra uma cachoeira que por um acaso também fazia parte de um garimpo, ela encontrou a prata e uma tiazinha muito gente boa usou a prata pra fazer essa corrente, ela gosta muito dela, e sempre sua quando vai sair. Colou o porta jóias no lugar novamente e tirou uma agulha e um isqueiro da caixa amarela, esquentou a agulha no isqueiro e pressionou contra minha paleta abrindo um buraquinho, ela ficou rodando a agulha até o buraco ficar do tamanho que ela queria, por final, ela passou a corrente pelo buraco da paleta fazendo ela virar um pingente.
S/n: Sua paleta tocou várias vezes nas cordas da sua guitarra, meio que fazem parte uma da outra, vai servir de lembrança, levanta, deixa eu colocar no seu pescoço. - Me levantei e ela passou a corrente pelo meu pescoço e por fim fechou ela por trás, eu segurei a paleta que agora era um pingente e sorri dando um abraço na garota.
- Você é tão incrível S/a...eu não sei o que eu faria sem você.
S/n: Provavelmente morreria, já te salvei tantas vezes de ser atropelado ou de levar uma queda.
- É, tem razão. - Dou uma risada baixa. - Eu amo tanto você... é o meu refúgio, é quem eu precuro na multidão, é quem vem na minha cabeça quando eu vou dormir, quando eu acordo, quando eu preciso de ajuda, e a primeira pessoa pra quem eu olho quando quando chego na faculdade ou em outros lugares onde você tá, no final de tudo eu sempre vou voltar pra cá, pros seus braços, porque você é o meu lar. Quem te ver passar assim por mim, não sabe o que é sofrer, ter que ver você, assim, sempre tão linda, contemplar o sol do teu olhar, perder você no ar...
S/n: Mason...
- Nunca acreditei na ilusão de ter você pra mim, me atormenta a previsão do nosso destino, eu passando o dia a te esperar, você sem me notar..
S/n: Por favor, você já não tá legal, eu não quero te deixar ainda pior tendo que explicar a nossa situação de novo, e eu não quero ficar calada deixando você se iludir..
- Relaxa, princesa. Se eu dissesse que não dói ouvir isso de você eu estaria mentindo, mas eu aguento, eu aguento tudo por você e eu vou te esperar até o meu último suspiro. - Eu me deito em seu colo novamente. - Me maquia ?
S/n: Olha, você é uma criatura estranha.
- Por isso eu ando com você, os estranhos se reconhecem, né ? - Começo a rir e ela me empurra de leve rindo também.
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Just Friends - Mason Thames
FanfictionS/n de 19 anos, mora em Miami com o irmão mais velho, Brady, seu melhor amigo, Mason Thames que conhece desde muito nova é perdidamente apaixonado pela garota, mas a mesma não tem esse mesmo sentimento pelo menino, mas as coisas mudam, não é?