Back in black.

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  Mason e Miguel foram pra casa, e eu e Brady decidimos ligar para o policial que me pediu pra investigar o Carson, ele chegou em casa depois de alguns minutos que fizemos a ligação.

PM: E então?

- Olha...a gente descobriu bastante coisa, o pai do Carson tá bolando um golpe de estado, e tá pretendendo matar o prefeito, fora que ele já matou uma galera aí, e esconde o crânio dessas pessoas em um baú.

  O policial não parecia nem um pouco surpreso.

PM: Tiraram fotos ou pegaram algo pra comprovar?

Brady: Você escutou o que ela disse? A gente viu crânios humanos dentro de um baú, você acha que a gente ia sair tirando foto depois de ver uma coisa dessas ? - Ele falava impaciente.

- Brady, calma.

PM: Entendo...preciso que voltem lá, e tirem fotos, não podemos entrar lá sem um mandato, e não temos como conseguir um.

Brady: E pra acabar com o pequi do Goiás. - Ele fala com um sorriso irônico. - Cê tem merda na cabeça achando que a gente vai voltar lá, né ?

- A gente vai, quer dizer, eu vou.

Brady: Tu tá ficando maluca ? Claro que não, é óbvio que não.

- Eu vou, vou tirar as fotos e acabar com isso, vai ser rápido.

  Brady negou até eu dar a palavra final, daí ele finalmente aceitou o plano.

Dia seguinte, 19:30 P.M

  Estava apertado, minhas pernas tremiam, algumas gotas de suor se formaram na minha testa pelo calor, Mason estava colado em mim indo pra frente e pra trás respirando próximo ao meu ouvido, minha respiração estava ofegante e pesada, logo Mason colocou a mão em minha boca pra que ninguém pudesse me ouvir.

Mason: Shiii...fica quietinha amor, vão escutar a gente. - Ele fala baixo em um sussurro.

  O que tá acontecendo? Mais cedo conversamos sobre o rolê de voltar no escritório do pai do Carson e tirar as fotos pra usar como prova, foi decidido dois de nós ficaria no carro, um como piloto de fuga, o outro iria observar o movimento e ver se estava tudo certo, era só pra uma pessoa entrar no escritório, no caso, eu, porém obviamente Mason negou essa ideia até que eu deixei que ele viesse comigo, óbvio que o Brady também apoiou essa ideia, já que não queria que eu viesse sozinha.
  Eu peguei minha câmera, antiga, fazia anos que eu não a usava, mas serviria muito bem agora, peguei ela e tirei foto de documentos, daquele baú nojento cheio de restos mortais, de comprovantes de pagamento de assassinos de aluguéis e entre outros. Enquanto eu tirava as fotos, Mason ficava de olho na porta, até que ouvimos passos na direção do escritório, entramos na outra porta que tinha ali que nos levou ao corredor, corremos por ele, que era estreito e longo, até chegarmos em outra sala, que dessa vez, não tinha nada, nada mesmo, a sala era pequena, como um quarto de zelador, e eu sou meio claustrofóbica, minhas pernas tremiam pelo nervosismo e por ter corrido tão rápido, o suor devido ao calor da sala, e pelo fato de que eu estava correndo, Mason também tinha um pouco de suor na testa, ele dava alguns passos pra trás, e depois pra frente em busca de conseguir algum espaço a mais, mas era tão apertado que era impossível ter mais espaço que aquilo, tanto que eu sentia a respiração dele bater em minha orelha bem de leve, eu estava tão ofegante que foi preciso Mason tapar minha boca pra que se tivesse alguém perto, não escutasse minha respiração.
  Ficamos ali daquele jeito por um tempo até termos coragem de sair dali, passar pelo corredor de novo e voltar ao escritório, estava vazio, saímos com todo o cuidado do mundo de lá de dentro de fomos pro carro.

- Caralho, eu não tô curtindo essa vida de espiã. - Falo ofegante e aliviada ao mesmo tempo.

Mason: Nem eu. - Ele fala do mesmo jeito. - Se bem que teve algo bom nisso né? Aquele roça roça. - Ele ri com um sorriso malicioso que fez Brady dar um murro no volante pra chamar atenção do cacheado. - Brincadeira, eu nem reparei naquilo na hora.

  Merda...minha câmera, eu não tô com ela...eu esqueci ela.

- Gente, eu preciso voltar lá.

Miguel: Tá maluca ?

- Eu esqueci a câmera.

Brady: Foda-se, vamos pra casa, e depois a gente resolve isso, ninguém mais vai entrar nessa casa hoje.

  Brady dirigiu de volta pra casa, nos jogamos no sofá e Miguel vai até a cozinha e pega um copo de água.

Miguel: Se minha mãe soubesse das coisas que estão acontecendo...ela ia me matar.

- Tia Wendy nem imagina que o filhinho dela anda brincando de espião.

Mason: Se ela soubesse, ela infartava, tadinha.

Brady: Tá, mas enfim, vamos comer, e depois a gente vai dormir que amanhã é outro dia, e miojo, lembra que você não pode ficar de beijinho com a minha irmã na faculdade porque ela ainda "namora" o projeto de poderoso chefinho.

Mason: Tô cansado dessa porra.

- Estamos, aliás, vou dormir na sua casa hoje.

Mason: Vai ?

Brady: O caralho que vai.

- Primeiro, eu não sou mais criança, segundo, o tio do Mason é o capeta em formato de gente, então sim, eu vou dormir lá pra proteger o Mason.

Miguel: Proteger né. Muita proteção envolvida .

Brady: O que tu quis dizer com isso?

Miguel: Nada não.

  Esse Miguel é um vagabundo mesmo, enfim, claro que eu não estava indo a casa do Mason só pra proteger ele do tio, mas também porque eu queria passar um tempo com meu garoto. Fomos pra cozinha e Mason estava sentado no balcão da cozinha balançando as perninhas como se fosse uma feijoada, as vezes acho que ele é meio autista.

Mason: Porra, porra, caralho, tô descontrolado, imaginando essa novinha, macetando meu caralho, subindo de lado, descendo de lado, ficando de quatro e eu tacando o pau bolado. - Ele começa a cantar.

  Esquece o que eu disse, ele não é um bebê.

Miguel: O que fizeram com Black in black ?

Just Friends - Mason Thames Onde histórias criam vida. Descubra agora