Desci as escadas observando se havia alguém por ali. – Ninguém -. Eu não tinha visto quando Joseph foi se deitar, então deduzi que ele e os outros tinham ficado até bem tarde conversando. Passei pela sala até adentrar a cozinha, ainda não tinha visto toda a casa, então decidi fazer um tour por ela. A cozinha era enorme, armários brancos faziam um belo contraste com as paredes que tinham um leve tom cinza, uma mesa de vidro ficava mais ao canto e contei nela 8 lugares para se sentar. Aproximei-me da pia e abri um pouco a cortina para observar o quintal, vi apenas o gramado bem aparado e as árvores que cercavam toda casa. Voltei a olhar a cozinha e observei em cima de um balcão branco um relógio – 10h30min – Ao lado do balcão uma porta branca com a maçaneta dourada me chamou atenção, fui até ela e a abri, desci os degraus de uma pequena escada e pisei no gramado olhando ao redor, apenas árvores e mais árvores, dei alguns passos a frente e me virei para olhar a janela em que eu estava há poucos minutos atrás. Voltei à atenção para as altas árvores e notei uma espécie de caminho aberto entre elas para dentro da mata e me perguntei se quem morava aqui antes costumava entrar ali. Fui adiante, pulei alguns galhos que estavam bloqueando a entrada e observei ao redor, as árvores eram amontoadas e a grama era alta naquela parte de dentro, continuei andando e chutando algumas folhas caídas.
Então parei assustada.
- O que é isso? – Sussurrei arregalando os olhos e me aproximando, era uma grande pedra com vários símbolos desconhecidos. Círculos, cruzes e até bonecos enchiam toda a superfície da pedra, olhei para baixo e no gramado pude ver velas derretidas e algumas flores que murchavam aos poucos.
Olhei ao redor procurando uma pista de quem poderia ter feito aquilo.
Mas o que aquilo significaria? Qual o motivo daquilo estar na mata em minha casa, e por que as árvores abriam caminho até aqui? Encostei a mão nos símbolos e senti a pedra quente como fogo.
- Ai – Falei afastando bruscamente a mão e olhando uma queimadura se cicatrizar, olhei confusa para a pedra.
Em um piscar de olhos me vi correndo pela mata e em questão de segundos adentrar novamente a casa pela porta que eu havia usado para sair. Subi correndo para o quarto, precisava contar aquilo para Joseph.
- Joseph – Chamei abrindo a porta e entrando no quarto.
- O que foi? – Ele pulou da cama assustado.
- Tem uma coisa que você precisa ver na mata – Eu disse olhando ele rapidamente vestir uma camiseta e andar na minha direção.
- O que você viu lá? – Ele perguntou olhando em meus olhos e fazendo uma cara confusa.
- Não sei ao certo, uns símbolos estranhos. – Disse me lembrando do momento em que me queimei ao encostar na pedra. Saímos rapidamente pela porta e fomos até o quarto ao lado chamar Nina para que fosse conosco.
Os guiei por entre a mata até a estranha pedra. Eles a olharam franzindo a testa sem entender o que todos aqueles símbolos significavam. Nina se aproximou levando a mão até a pedra.
- Não – Eu praticamente gritei – Não toque nela.
- Por quê? – Nina me olhou confusa
- Eu encostei nela mais cedo – Olhei para meu dedo agora completamente cicatrizado – E me queimei. – Nina me olhou e depois olhou para Joseph que ainda tentava decifrar os símbolos.
- Só pode ser uma coisa – Joseph olhou as velas derretidas no chão e lançou um olhar a Nina que se abaixava próximo a elas pegando uma das flores que ali estavam.
- Bruxas – Ela disse se levantando e nos encarando com uma rosa murcha nas mãos.
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Dividida
VampireDepois que me tornei uma vampira, meu plano era ficar com Joseph por toda a eternidade. Mas sabe quando o destino já tem um plano para você? O plano do destino para mim se chamava Austin. ...