A Adaga (Annabeth)

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Uma semana depois de seu nascimento, Annabeth estava começando a se acostumar com o fato de agora ser uma deusa e receber preces (que, até então, eram apenas pessoas dizendo seu nome).

Todos os dias, ela tinha aulas com sua mãe sobre o papel dos deuses, das preces, dos sacrifícios, dos domínios e, dos sátiros e ninfas. dos heróis. Mas não era só isso, as aulas também cobriam que a forma ela deveria se portar perante alguém do conselho olimpiano é diferente da forma que ela deveria se portar com um deus ou deusa menor. Sobre as alianças entre os deuses assim como as rixas.

No tempo livre, Atena ensinava Annabeth a aumentar ao diminuir seu tamanho (ela ainda não conseguia assumir sua forma verdadeira já que ainda não havia recebido seus domínios e ela só seria capaz de dividir sua consciência depois de ganhar uma forma verdeadeira), com assumir formas de várias idades diferentes ou mesmo de animais.

Era cansativo, mas bem interessante e Annabeth estava gostando. Ela e Atena estavam se dando relativamente bem e, para o alívio da jovem, a mãe havia parado de sugerir que a ligação dela com Percy devesse ser interrompida.

E por falar em Percy, o casal conversava todo dia, sobre a vida passada, sobre o que eles estavam vivendo agora e sobre o que esperavam para o futuro.

Os dois mal podiam esperar até o dia do Conselho Olimpiano, quando eles poderiam se ver novamente.

Os pensamentos de Annabeth foram interrompidos pela voz de sua mãe:

- Annabeth. Eu tenho algo para você.

A jovem franziu a testa antes de dizer:

- Algo para mim?

- Você precisa de uma arma – falou Atena – O que irei te dar não será a sua arma definitiva, mas servirá até que você encontre algo se se tornar um de seus símbolos.

À menção de uma arma, Annabeth sorriu e agradeceu:

- Obrigada mãe.

Atena aceitou o agradecimento antes de gesticular para Annabeth a seguir, dizendo:

- Porém, não vou lhe dar a arma dentro de uma biblioteca, devemos ir até meu local de treino.

Annabeth seguiu a outra deusa até um local antes desconhecido para ela.

O espaço a lembrava da arena de treino do acampamento meio sangue, o que a deixou nostálgica.

- Eu separei algumas armas que foram oferendas para mim e que achei que você poderia gostar. – disse Atena, apontando para uma bancada no canto da arena.

A parte "foram oferendas para mim" era um aviso. Atena estava claramente dizendo "elas são minhas e quando você encontrar a sua arma definitiva, você vai devolver a que pegou emprestado".

Enquanto Annabeth olhava as armas e as testava na mão, Atena dizia:

- Para um mortal, uma boa arma é aquela que, em suas mãos, é balanceada e se encaixa em seu estilo de luta. Para um deus, uma boa arma é aquela feita especificamente para o deus em questão ou pelo próprio deus. Ela tem que ser balanceada, é claro, mas para ser uma boa arma, ela e o deus tem que ressoar na mesma energia. Meu pai e seu raio mestre, por exemplo. Outras armas podem até ser balanceadas para o deus, mas não vão parecer certas.

Bem, isso explicava por que nenhuma das armas pareciam boas o suficiente para Annabeth.

A jovem deusa também sabia que as armas dos deuses eram geralmente feitas por ciclopes, mas Annabeth sabia que as forjas ficavam no domínio de Poseidon e sua mãe nunca iria pedir um favor ao tio. Mesmo que suas armas tivessem sido feitas lá, antes do acidente com Pallas.

Annabeth também sabia quem Hefesto só fazia armas para os outros deuses em situações muito específicas, se contentando em apenas concertá-las caso algo acontecesse. O que fazia pedir a ele por uma arma fora de questão também.

Annabeth continuou testando as armas, sob o olhar atento de sua mãe, até que sua mão parou em uma. Parecia sua antiga adaga, mas ao mesmo tempo era muito diferente.

Annabeth testou seu peso na mão. Ela era balanceada. Ótimo.

- Vai ser essa – ela disse.

- Adagas são armas utilizadas por guerreiros espertos e rápidos – disse sua mãe com aprovação.

- Posso testá-la? – perguntou Annabeth.

Ao receber a autorização da mãe, Annabeth se dirigiu aos bonecos de treino e atacou. Foi uma surpresa que os bonecos lutassem de volta, mas uma surpresa bem-vinda.

Enquanto treinava, ela se lembrava dos ensinamentos de Luke e de outros campistas mais velhos, que haviam chegado no acampamento antes dela antes de irem embora.

Sua mãe a interrompia ocasionalmente, demonstrando novos golpes (provavelmente golpes que haviam caído em desuso e desaparecido com o tempo) e dando dicas de batalha.

As duas passaram o resto do dia na arena, com Atena ensinando a filha sobre diferentes estilos de luta e golpes.  

Uma ascensão no passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora