Conhecendo Quíron

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Muitas coisas eram diferentes aqui do que no futuro.

Dionisio era bonito (Annabeth tinha a teoria de que ele era daquele jeito no acampamento por ter sido privado de seu domínio).

Hélios ainda não tinha morrido, o que significava que Rhodes é casada (os dois se amam, apesar de não morarem juntos o tempo todo)

Hera não odeia Annabeth e Zeus não odeia Percy.

Mas, serem chamados de lorde e lady pelo centauro que os dois amavam como um pai foi o maior choque que eles tiveram até então.

Algo que eles deveriam ter imaginado que aconteceria, mas nem sequer haviam cogitado.

Era esquisito.

- É bom conhece-lo, Quíron – disse Percy, sendo o primeiro a se recuperar – Não precisa me chamar de lorde. Você é nosso professor, afinal.

Quíron pareceu verdadeiramente surpreso, mas antes que ele pudesse dizer alguma coisa, Annabeth disse:

- É um prazer, Quíron. Não precisa me chamar de Lady também. Aqui, nós somos seus alunos, e queremos ser tratados como tal. Estamos disfarçados de semideuses, então...

Ainda mais surpreso, Quíron diz, seriamente:

- Como quiserem. Mas seus nomes já são conhecidos.

- Por isso vamos usar pseudônimos – diz Percy – Vou usar o nome Perry.

Os lábios de Annabeth tremeram com se ela quisesse rir de alguma piada interna e ela disse:

- E eu vou usar o nome Annie Bell.

- Muito bem. - disse Quíron – Lorde Apolo me explicou os motivos de estarem aqui, mas temos muito o que discutir.

- Enquanto vocês fazem isso, eu vou dar uma olhada no meu filho e depois eu vou voltar aos meus afazeres. – disse Apolo – Percy, Annabeth, boa sorte.

Os olhos deles brilharam como se estivesse vendo algo que só ele poderia ver, mas ele estava sorrindo, então devia ser coisa boa, antes de sair para ver Aristeu.

- Se vocês querem se passar por semideuses, vocês devem pensar em uma história de fundo. Pais mortais, como cresceram, como se conheceram esse tipo de coisa – disse Quíron, os guiando para sua caverna.

- Nós... pensamos nisso também – disse Annabeth – meu pai chamaria Frederick, ele não gosta muito de crianças então eu fui criada mais pela família vizinha do que por ele. Foi assim que conheci Percy, já que a dita família vizinha era a dele.

- Minha mãe chamaria Sally – diz Percy – pouco depois dela engravidar de mim, ela se casou com um cara muito legal chamado Poul, que me tratava como filho dele. Nós seriamos uma família simples. No começo eu e Annabeth brigávamos muito, por conta de nossos pais Olimpianos, mas acabamos nos entendendo e nos tornando inseparáveis. No ano passado, minha mãe deu à luz a uma menina chamada Estelle.

Essa história de fundo seria uma maneira de manter o passado deles vivo, poder falar deles sem correr o risco de se revelarem. Seria só adaptar as histórias para essa época.

- Tem certeza de que é essa história que querem contar? – perguntou Quíron – Vocês vão ter que criar histórias da sua infância juntos e sobre suas famílias.

- Sim, nós temos certeza – respondeu Annabeth.

E eles tinham, a dificuldade seria adaptar as histórias para encaixarem na comunidade machista desta época, mas eles haviam passado horas discutindo isso, e qualquer coisa ele poderia conversar mentalmente sobre isso.

- Me contem algumas das histórias então e vou ajuda-los a acertar os detalhes – pediu Quíron – Um dos motivos que vocês estão aqui é para aprender a cultura dos mortais.

E assim eles fizeram. Quando Quíron terminou de ajustar os detalhes das histórias e eles saíram da caverna para conhecerem os locais de treino e onde os semideuses dormiam. 

Uma ascensão no passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora