O banquete

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Antes de entrarem no salão do banquete, onde aconteceria a festa, Percy, Tritão e Rhodes encontraram com o resto da família na antecâmara.

- Está tudo bem, Perseu? – foi a primeira coisa que Poseidon falou – Eu senti a sua raiva mais cedo.

- Todos nós sentimos – concordou Leia, parecendo impressionada.

Percy corou e explicou o que havia acontecido.

Os rostos da sua família mostravam indignação.

- As Parcas decidiram que vocês nascessem com essa conexão – disse Anfitrite – E não é a decisão de Atena se livrar dessa conexão.

- Vocês... Vocês não se importam? – Percy perguntou quase timidamente.

- Por que nos importaríamos, filho? – pergunta Poseidon – Annabeth não tem nada a ver com a minha rixa com a mãe dela. Ela é bem-vinda aqui.

E tudo que Percy consegue fazer é sorrir.

- Obrigado – diz ele.

- É claro, querido – disse Anfitrite antes de suspirar – Devemos entrar agora.

- Quanto tempo até podermos sair sem causar um escândalo? – perguntou Bethy

- Fiquem pelo menos até o jantar ser servido – pediu Anfitrite – Esse 'não é um baile comum. É a apresentação do irmão de vocês como parte da família.

Bethy e Leia não pareceram muito felizes, mas concordaram.

Entrando no salão, Percy pode ver todos os olhares se voltando para eles.

- Prezados membros da corte – disse Poseidon – Durante a competição que tomou lugar hoje mais cedo em uma cidade mortal, um acontecimento inesperado aconteceu. As águas da minha fonte geraram vida. Conheçam Perseu, príncipe do oceano e meu filho mais novo.

E com isso, o deus apresentou Percy.

O jovem deus sorriu, ele não se sentia confortável com a atenção, mas ele gostou sabia que era importante.

Depois do anúncio, Poseidon e Anfitrite o apresentaram para os generais e para os deuses menores.

Os únicos que ele reconheceu eram os deuses menores. E o único general que era um deus era o deus dos golfinhos, Delfim.

Percy percebeu que ele veria gerações de cortesãos nascerem, crescerem e morrerem. Isso causou um bolo em seu estômago.

Uma outra coisa que ele percebeu é que, desta vez, todos pareciam quererem conhece-lo e o tratavam com genuíno respeito, enquanto em sua vida passada, por ser um semideus, a maioria o tratava com respeito forçado pelas ordens de seu pai e não falavam mais do que o necessário com ele (menos Delfim, que era super legal e com quem Percy tinha espécie de amizade).

No mais, a festa foi diferente de tudo que ele já havia experimentado em sua vida passada.

A energia agora era mais animada, tudo parecia mais vivo.

Em certo momento, Anfitrite o levou para conhecer as irmãs dela (todas as 49) e todas elas insistiram em serem chamadas de tias.

Percy se surpreendeu ao conseguir se lembrar do nome de todas elas depois da apresentação, parecia que sua memória estava melhor agora.

Anfitrite também o apresentou às Oceanides (as que ainda não haviam desaparecido ainda), uma delas usava um enfeite no cabelo que fez Percy se lembrar de Zoe. Ele sabia quem era Zoe, obviamente, e sabia que ela tinha algo haver com sua antiga espada, mas não conseguia se lembrar o porque dela ter deixado o jardim das hespérides e se juntado as caçadoras.

Ele também não conseguia se lembrar da conexão com o pingente.

O fato dele não conseguir se lembrar nem do nome da sua espada, era um sinal de que ela ainda não havia sido criada.

Ele resolveu pensar nisso mais tarde e voltou sua atenção para a conversa.

Quando o jantar foi servido, Percy decidiu que ele queria descobrir a receita para fazer para Annabeth. A comida estava maravilhosa (e ele sabia que o que estava bebendo era Néctar, mas tentou não pensar em como agora ele podia beber livremente algo que antes o podia colocar em chamas. A bebida ainda tinha o gosto dos cookies azuis de Sally).

Ele se lembra de que ele gostava de cozinhar com sua mãe, era terapêutico e uma atividade que os dois faziam juntos, pelo menos depois de Gabe, e se perguntou se em algum momento ele poderia ir na cozinha e aprender a receita da comida.

Como havia falado no começo, Bethy e Leia vieram se despedir dele logo depois do jantar.

Mais para o final da festa, quando Percy estava com Tritão e Rhodes quando ele sentiu seu corpo esquentar, uma onde de poder circular seu corpo e vozes indistintas de adultos falando o seu nome e vozes de crianças falando com ele, falando dos peixes de água que ele criou e agradecendo.

Ele imagina que deve ter feito uma cara transtornada, porque logo Rhodes perguntou, preocupada:

- Perseu? Você está bem?

Ainda surpreso com o que estava acontecendo, ele explicou o que estava sentindo e ouvindo.

- Parabéns! – disse Tritão sorrindo – Você acabou de receber suas primeiras oferendas e orações.

- Você deve conseguir ouvir distintamente as crianças e não os adultos porque elas estão rezando por algo especifico e não apenas o seu nome, como os adultos – disse Rhodes, pensativa – eu vou chamar o pai, ele vai poder te instruir melhor em como lidar com as diferentes preces e vozes na sua cabeça.

Observando-a partir, Percy procurou Annabeth em sua mente.

"Annabeth" ao mesmo tempo em que ela disse "Percy"

"Eu sei" os dois disseram juntos. 

Uma ascensão no passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora