Nova Arma (Percy)

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Durante uma semana, Percy continuou a ser instruído sobre seu papel como príncipe do mar e passava todo o seu tempo livre com seu irmão e suas irmãs.

Ele também conversava com Annabeth todos os dias e estava ansiosa para vê-la novamente.

Seu pai havia chamado os Ichthyocentauros (peixe-centauros), Aphros e seu irmão Bythos, para ensiná-lo e treiná-lo.

Aphros ensinava habilidades de vida (como cozinhar, costurar, cuidar da casa), música e poesia. Percy até que era bom em cozinhar, mas costurar? Música? Poesia? Não era para ele...

Bythos ensinava combate. Como Percy ainda não tinha uma arma, ele treinava combate corpo a corpo e era muito bom nisso.

Os dois haviam treinado Tritão, Rhodes, Bethy e Léia também, mas costumavam ficar em um acampamento para treino de tritões e sereias, independentes do reino de Poseidon, e o único motivo de terem concordado em ir até o castelo ensinar Percy é que o jovem deus ainda não conseguia dividir sua consciência por muito tempo ou longas distâncias.

Na marca de uma semana, a família real apareceu no campo de treinamento enquanto Bythos ensinava um novo golpe, interrompendo a aula.

Bethy e Léia carregavam um pacote comprido e pareciam decididamente satisfeitas, o resto da família sorria.

Poseidon trocou um olhar com o peixe-centauro e Bythos se curvou e se afastou para o lado do campo de treinamento.

- Percy – disse Poseidon (Percy havia conseguido convencer a família a chama-lo assim) – Ao seu nascimento, Bethy e Léia mandaram os ciclopes fazerem uma arma para você, uma tradição da família. Uma arma que ressoe com a mesma energia que você e que atenda seu estilo de luta.

Com isso as deusas se adiantaram com o pacote e o entregaram para o irmão.

- A arma típica dos guerreiros do oceano são tridentes, mesmo que para alguns não venha tão naturalmente quanto para outros – falou Léia – Então, naturalmente a arma seria um tridente.

Percy tentou não ficar desapontado. Ele gostava de tridentes, mas preferia espadas.

- Mas, você tem uma conexão forte com a filha de Atena, e, portanto, com a superfície – acrescentou Bethy – Por esse motivo, sua arma pode assumir a forma de uma espada. Você também pode esconder sua forma como a de um objeto comum e ela sempre voltará para você.

Com o anúncio de que a arma poderia virar uma espada, os olhos de Percy brilharam de alegria e ele sorriu.

- Muito obrigado – ele disse, abrindo o pacote e se deparando com tridente muito parecido como de Tritão (bonito e elegante, mas sem poderes e bem menos impressionante que o do pai deles).

O rapaz segurou a arma nas mãos e se perguntou como fazê-lo se tornar uma espada. Como se soubesse o que ele estava pensando, Rhodes diz:

- Para fazer o tridente mudar de forma uma espada ou um objeto e vice-versa, basta imaginar a forma que deseja.

Percy imediatamente imaginou a sua antiga espada e viu o tridente se transformar em sua mão, assumindo a forma de uma espada praticamente idêntica à da espada que havia usado em sua vida passada.

- Dê um nome a ela, filho – instruiu Anfitrite – Toda boa lâmina deve ter um nome.

Percy não conseguia se lembrar o nome de sua antiga espada (sinal de que ela ainda não existia), mas então ele escutou as Parcas sussurrando em sua cabeça um nome que parecia certo e nostálgico.

- Anaklusmos – repetiu Percy – Contracorrente.

E de repente, ele se lembrou que a antiga espada tinha esse nome, agora porém ela teria outro (ou então deixaria de existir). O futuro já estava mudando, e esse é o motivo que aquela parte de suas memórias voltasse.

- É um bom nome – aprovou Poseidon, com orgulho. Era um nome digno.

- Qual forma da arma você quer testar primeiro? – Pergunta Tritão – Como Contracorrente assume tanto a forma de uma espada quanto a de um tridente, você deve ter instintos para as duas formas de luta, devemos te testar, ver até onde seus instintos te levam, e então decidir um plano de treinamento.

- Posso testar a espada primeiro, então? – pergunta Percy.

- É claro – disse Poseidon sorrindo. Com aceno de mão ele criou um domo de ar no meio do campo de treinamento – Luta de espadas é mais apropriado para um ambiente não aquático, não acha?

Anfitrite revirou os olhos para o marido, mas Percy agradeceu.

Tritão transformou as duas caudas em pernas, suas roupas se adaptando ao novo formato e foi para o domo, sendo seguido Percy, enquanto dizia:

- Serei seu adversário. Espadas não são minha arma de preferência, mas sei lutar com elas relativamente bem.

Percy apenas sorri. Antes de cair na fonte ele havia lutado com espadas com seu irmão e havia ganhado de lavada. Agora que ele era imortal e seus reflexos eram melhores, o deus mensageiro do mar não tinha chance.

Os dois começaram a lutar e, enquanto Tritão fosse bom par os padrões subaquáticos, ele não era páreo para Percy, que utilizou o golpe que aprendeu com Luke em sua primeira aula e o desarmou em 8 minutos (e estava claramente brincando com o irmão antes disso, propositalmente alongando a luta).

A plateia (e Tritão) arregalou os olhos e ficou em silêncio até que Bethy, Léia e Bythos (que parecia querer explodir de emoção) começaram a aplaudir ruidosamente.

Poseidon se recompôs e disse:

- Vou ter que conseguir um instrutor de espadas da superfície para você. Alguns desses golpes eu nunca tinha visto.

Isso era é claro, porque Percy usou alguns golpes que aprendera com Jason, Reyna, Hazel e Frank. Ele lembrava que eles tinham um estilo diferente e ficavam em um acampamento diferente e falavam uma segunda língua diferente, ele podia não se lembrar o porquê, mas os golpes ainda estavam claros em sua mente.

- Eu apenas usei meus instintos – falou Percy.

Era a verdade e a família real sorriu para o membro mais jovem com orgulho.

Ele e Tritão treinaram mais algumas vezes com a espada (cada vez Percy desarmou o irmão com um movimento diferente), antes de Poseidon desfazer o domo para que pudessem avaliar as habilidade de Percy com o tridente.

Desnecessário dizer que ele perdeu todas as lutas.

Ele realmente precisariatreinar mais o uso da arma. 

Uma ascensão no passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora