Dois novos deuses

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Os dois deuses que tinham acabado de aparecer olhavam a cena com curiosidade.

- Ora, ora, ora? O que está acontecendo aqui? – perguntou Apolo sorrindo.

Percy e Annabeth se entreolharam. Só então reparando que quando eles assumiram suas formas adolescentes, eles haviam crescido para a altura dos outros deuses. Mas esse era um pensamento para mais tarde. No momento, eles se concentrariam nos recém- chegados.

O Apolo que eles conheciam era alegre e brincalhão. O Apolo das histórias era violento e perigoso. Porém, Apolo parecia amigável.

"Talvez seja ele sempre tenha sido os dois" pensa Percy para Annabeth "lembra do que a Thalia disse? Sobre ter encontrado um filho dele que Apolo tinha amaldiçoado? E sobre o que o Leo disse sobre o encontro com Apolo?"

"Hum... Você pode ter razão..." pensou ela "Mas vamos ter cuidado até termos certeza"

- O pai disse que havia sentido o nascimento de dois novos deuses e pediu para eu vir verificar. – disse Hermes inclinando a cabeça – Apolo só está aqui porque ele viu o que estava acontecendo do sol e insistiu para vir.

Hermes era praticamente o mesmo, então eles não estavam tão preocupados.

- O que está acontecendo, Apolo – disse Poseidon, com a voz retumbante – É o nascimento de meu filho.

- E o da minha... filha – disse Atena, a palavra "filha" estranha em seus lábios.

- Oh? – disse Apolo – Cada um deles apenas apresenta a energia de um de vocês, então suponho que não tenham resultado da mistura de energia que aconteceu nessa competição.

- Você estaria certo. – disse Poseidon, ele não estava bravo. Ninguém poderia culpa-los por pensar isso.

- E... eles têm nomes? – pergunta Hermes com curiosidade.

Em resposta Poseidon se vira para Percy, dizendo:

- Se apresente, filho.

Antes de pausar e observar a cena.

Percy havia feito a água assumir o formato de peixes (Carpas, para ser mais específico) e... Estava fazendo o peixe circular entre as crianças mortais, brincando com elas, e alguns circulavam a filha de Atena, que... ria.

"Porque Carpas?" ela perguntou.

"As carpas nadam contra a correnteza e escalam cachoeiras e Frank me disse uma lenda chinesa de que quando elas chegam no topo, são recompensadas e ascendem. Viram dragões. Me lembrou da gente"

- O que você está fazendo? – perguntou Poseidon, verdadeiramente confuso.

- As crianças estavam assustadas. Primeiro a... competição? – ele tentou soar confuso, já que ele havia acabado de nascer e não deveria saber o que estava acontecendo – Depois nosso nascimento – ele indicou a si mesmo e Annabeth – e depois mais dois deuses aparecendo do nada. Então resolvi distrai-las um pouco. Nenhuma criança devia temer por sua vida.

Isso deixou os quatro deuses mais velhos atordoados, enquanto Annabeth sorria. Ela era a única que sabia de onde vinha esse último pensamento.

- E porque envolver minha filha nessa... Brincadeira? – pergunta Atena, franzindo a testa.

- Porque somos conectados – disse Percy, se esforçando para parecer inocente.

- O que ele quis dizer é que conseguimos ouvir os pensamentos um do outro e sentir o que o outro está sentindo. Provavelmente porque nascemos ao mesmo tempo – explicou Annabeth. As Parcas disseram para esconder a vinda do futuro e os acontecimentos futuros, mas não disseram nada sobre esconder a conexão que tinham.

Os quatro ficaram ainda mais chocados. Nem Apolo e Ártemis, que são gêmeos e superunidos, tinham algo como essa conexão.

Percy ignorou o choque dos mais velhos e, olhando para Apolo e Hermes, se apresentou:

- Sou Perseu. É um prazer conhece-los.

"Desde quando você é educado com deuses, Cabeça de Alga?"

"Eu gostava da companhia destes deuses antes.... antes de virmos para cá. E quero ganhar a aprovação da sua mãe."

- Sou Annabeth – a filha de Atena se adiantou.

Os quatro deuses ainda estavam olhando para os dois, sem saber o que dizer.

Annabeth e Percy se entreolham, antes de voltar a atenção para o quarteto.

Apolo foi o primeiro a se recuperar:

- Prazer em conhece-los – disse ele alegremente, antes de dizer – Agora que minha curiosidade foi saciada, vou voltar aos meu afazeres.

E desapareceu, ainda rindo.

"Yep." Pensa Percy "esse é o Apolo que conhecemos"

"Definitivamente uma mistura dos dois" concorda Annabeth.

- Vou indo também – disse Hermes – Cartas a entregar, lugares para visitar, contar ao pai o que aconteceu, anunciar as boas novas etc. Até breve.

E com isso ele se foi.

- Bem, não vejo necessidade de permanecermos aqui, nessa cidade de tolos – anunciou Poseidon – Vamos, Perseu, tenho que te apresentar o resto da família.

Percy olhou a namorada e pensa:

"Tchau, Annabeth"

"Até breve Percy"

Então ele sente a mão de Poseidon em seu ombro e ele, e a fonte, desaparecem.

Atena não demora muito mais e leva Annabeth para o Olimpo. 

Uma ascensão no passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora