Durante o resto do dia e pelos dias seguintes, Annabeth e Percy treinaram com os semideuses e fizeram as atividades propostas por Quíron.
Ficou claro que Teseu tinha certa arrogância, ainda não tão grande quanto eles sabiam que os heróis deste tempo costumavam ter depois de grandes feitos, mas Percy confidenciou a ela que percebeu que a lealdade dele era falha e que ele estava preocupado com isso.
Já Aristeu, era um sujeito de fácil de lidar. Ele era confiante no que sabia fazer, mas não era arrogante a ponto de pensar ser o melhor em tudo (especialmente porque ele era terrível em esgrima).
Nenhum dos disse ter algum tipo de poder relativo a algum domínio dos pais, muito embora Teseu tenha dito que se sente mais calmo perto de corpos d'água.
"Eu realmente quero testar se ele sente algum aumento de força quando em contato com a água" disse Percy para ela.
E Annabeth sabia que Percy iria dar o seu melhor para fazer com que Teseu não fosse pelo mal caminho.
Annabeth por sua vez, no tempo livre que Quíron lhes concedeu, ela se sentou em um canto e começou a fazer planos e mais planos de arquitetura.
Planos para o acampamento, planos para os templos, planos e planos.
Ela sabia que os semideuses a olhavam com estranheza as vezes. Eles podiam estar mais ou menos acostumados a ver ou ouvir falar de mulheres guerreiras, mas uma mulher ler e escrever? Fazer planos de arquitetura? Isso era novidade e não muito bem aceito na sociedade daquela época.
Annabeth não se importava com os olhares. Eles sabiam que ela era filha de Atena, então nunca falaram nada (e talvez os olhares que Percy lançava de volta para eles tenham algo a ver com isso também).
De qualquer forma, quando ela finalmente se sentiu satisfeita com os projetos para os templos dela e de Percy (ela mostrou os planos do templo dele para ele e ele adorou), a noite ela enviou uma parte da consciência dela para os sonhos dos arquitetos.
A reunião foi tão bem quanto se poderia esperar.
Uma vez que eles perceberam que estavam falando com uma deusa, eles se prostraram e agradeceram a honra de serem visitados em sonhos por ela.
Annabeth achou uma bizarrice.
Pelo menos os planos para os templos foram recebidos com alegria, ela era a deusa da arquitetura, era esperado que ela guiasse os arquitetos em seus planejamentos, e quando eles acordassem, os arquitetos não se lembrariam dela apresentando os planos já feitos, mas se lembrariam perfeitamente dos projetos e seguiram os planos feitos por ela.
Ainda não era o momento de mostrar os planos do acampamento para Quíron, porém. O lugar ainda era pequeno e não um acampamento para todos os semideuses (ela e Percy já tinham decidido levantar o assunto quando assumirem seus assentos no conselho).
E ela tinha planos.
Não só planos de arquitetura.
Ela planejava ver o acampamento que ela tanto ama crescer e florescer, se tornar um lugar que qualquer semideus, filhos e filhas de membros do Conselho ou não encontrariam um lar desde o começo.
Ela planejava seu futuro com Percy. Os dois sempre juntos, como eles planejavam antes de cair na fonte (e ela sabia que ele planejava pedi-la em casamento assim que terminassem a faculdade, ele e Grover não eram sutis).
E ela queria garantir que nenhuma criança passe o que ela (e Leo, e Luke, e Thalia e tantos outros) passou fugindo de casa.
Annabeth tinha planos de fazer o seu melhor para tornar o futuro de agora, melhor do que tinha sido.
Um mundo melhor.
Esse era o plano.
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Uma ascensão no passado
FanficPercy e Annabeth são levados para o passado onde renascem como deuses, mas ainda com suas memórias. Os dois tentam se acostumar com seus novos dominios e habilidades ao mesmo tempo que vivem aventuras, que logo se tornariam mitos para os mortais, e...