O monstro era lindo e exatamente igual ao que ela havia visto no Tártaro.
Ela garantiu a Damasen que ela lidaria com a criatura e pediu para ele levar os mortais algum lugar seguro.
Ele não gostou muito da ideia.
Ele queria ajudar.
Eram seus amigos ali.
Mas ele também não era um guerreiro, e sim um fazendeiro.
Com outra pessoa ali, ele não precisaria engajar em uma luta tão fora de sua natureza pacífica.
Então ele acabou aceitando e Annabeth se viu sozinha com o Drakon, que no momento estava arreganhando os dentes para ela.
Annabeth pegou a Adaga que sua mãe havia emprestado e avançou em direção a ele ao mesmo tempo em que ele atacou.
De Annabeth não fosse uma deusa, ela tem certeza de que teria morrido no primeiro instante, quando o monstro se enroscou ao redor de seu corpo e começou a apertar.
Mas ela é uma deusa.
Então ela apenas teletransportou para fora do aperto, se agarrando as escamas atrás da cabeça do monstro.
Ela se permitiu crescer e ficou grande o suficiente para que conseguisse lutar corpo a corpo contra uma serpente gigante sem que fosse imobilizada.
Sua adaga não era muito útil contra um monstro tão grande, conseguindo causar apenas alguns vergões rasos, então ela decidiu seguir o exemplo de Percy e usar alguma parte do corpo do Drakon contra ele.
A oportunidade surgiu quando uma de suas guarras quase a atingiu, ela segurou fortemente a garra e lutou para move-la contra a fora da fera, que tentava se soltar.
Ela conseguiu quabrar a garra do monstro do monstro e aponta-la para onde o coração dele deveria ficar.
O drakon se debatia e um de seus dentes quase acertou o rosto de Annabeth, mas finalmente ela conseguiu fincar a garra em seu peito.
O monstro se dissolveu e tudo que restou foi a garra.
Não era exatamente o osso que ela estava esperando, mas era um osso mesmo assim.
Ela decidiu perguntar para Poseidon se ela poderia pedir para os ciclopes fazerem uma adaga com aquilo. Uma agada que poderia assumir o formato de uma espada se necessário.
Mas isso era um pensamento para outra hora. Ela nunca tinha se sentido tão cansada desde que havia se tornado uma deusa, e realmente deveria comer um pouco de Ambrosia e beber um pouco de néctar.
Ela percebeu Damasen voltando e os mortais se reunindo ao seu redor e resolveu voltar ao tamanho normal de um mortal.
Ela sabia que sua aparência não era das melhores (ela sabia que ficava parecendo uma selvagem depois de uma luta durante as missões), mas ficou feliz de ver que os mortais não pareciam estar com medo dela, mas a estavam a olhando com admiração.
A maioria deles se prostrou diante dela e, embora não fosse algo que ela estivesse acostumada ou que ela conscientemente gostaria que acontecesse, algo em seu peito retumbou.
Ela podia sentir o poder da fé e devoção que aqueles mortais agora tinham para com ela e em certo nível ela gostava disso.
Ela finalmente entendeu o que Chiron vinha tentando ensinar a ela e ao Percy sobre o poder que a devoção de seguidores e o que isso significava para os deuses.
Quanto mais devotos o deus tinha, mais poderoso ele é.
Percy sempre teve muito poder, desde que ele era um semideus, e estava acostumado com seu poder ficar mais forte a cada missão que ele fazia, então provavelmente não tinha pensado nada de mais quando ele conseguiu se tornar patrono de uma cidade, por menor que seja.
Mas Annabeth não. O poder dela sempre tinha sido mais mental do que algo físico. Filhos semideuses de Atena não costumam ser forças particularmente poderosas nesse sentido (e ela sentia vergonha de um dia ter falado para Percy que filhos de Afrodite e Demeter não eram poderosos, já que eles tinham, provavelmente, mais poder que uma criança de Atena).
Então ela notou a mudança.
Ela podia sentir a gratidão daqueles mortais, mesmo que nenhum deles tenha feito nenhuma oferenda ainda.
Era desconcertante.
Era maravilhoso.
Era assustador.
Ela queria dormir e pensar no que isso significava depois.
Mas ela não queria sair sem se despedir de Damasen e ela não sabia como agir nessa situação em frente dos mortais.
Então ela se aproximou de do gigante gentil e murmurou, baixo o suficiente para apenas Damasen a escutar e disse:
- Eu deveria ir agora, preciso de ambrosia e néctar. Você acha que devo dizer alguma coisa para eles antes de ir embora?
- Faça o que quiser, fale algo se quiser, mas não é necessário, eles vão apenas interpretar que você é uma deusa e não precisa falar com eles sobre suas ações – Damasen diz, tão baixo quanto ela.
Então ela se despediu do Gigante e teletransportou para o Olimpo. Era hora de devolver a adaga de sua mãe.
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Uma ascensão no passado
Fiksi PenggemarPercy e Annabeth são levados para o passado onde renascem como deuses, mas ainda com suas memórias. Os dois tentam se acostumar com seus novos dominios e habilidades ao mesmo tempo que vivem aventuras, que logo se tornariam mitos para os mortais, e...