Os dois jovens se aproximaram rapidamente e Quíron diz a eles:
- Conheçam Perry e Annie Bell.
O centauro estivesse claramente desconfortável não apenas por chamar o casal de semideuses, mas também por não utilizar seus títulos ou nomes corretos, porém os semideuses não perceberam, já estavam observando o casal com curiosidade.
Bem, Aristeu os observava com curiosidade. Teseu estava... dizer vibrando de energia seria um eufemismo.
Nenhum dos dois parecia surpreso ou incomodado com a presença de Annabeth.
Apesar da sociedade da época ser bem machista, as mulheres de Esparta e as Amazonas (que estavam começando a surgir) eram provas mais do que suficiente de que mulheres conseguiam lutar sim. E muito melhor do que muitos homens.
- É um prazer conhece-los – disse Teseu – sou Teseu, filho de Poseidon.
- E eu sou Aristeu, filho de Apolo – disse Aristeu – Sejam bem-vindos.
- É um prazer conhece-los – fala Annabeth – Com mestre Quíron disse, sou Annie Bell, filha de Atena.
Quíron pareceu desconfortável em ser chamado de "mestre" por uma deusa, mas não disse nada. Os heróis em treinamento sempre o chamam de "mestre", então não havia nada de errado em uma semideusa o chamar assim.
- E eu sou Perry – disse Percy, olhando para Teseu – também sou filho de Poseidon.
- Então... isso nos faz irmãos? – pergunta Teseu.
- Meios-irmãos – fala Percy – Mas acredito que sim.
- Uma filha de Atena viajando com um filho de Poseidon é inusitado – comenta Aristeu.
- Nós crescemos juntos – informa Annabeth – Nossas casas são vizinhas e meu pai nunca teve muita paciência com crianças, então a mãe e o padrasto do Perry ajudaram a me criar.
- Nós costumávamos brigar muito, mas acabamos ficando amigos – fala Percy com um sorriso. – Somos inseparáveis desde então.
Notando que a conversa estava tomando um rumo perigoso (se o tom de aviso na voz de Percy indicasse alguma coisa), Quíron mudou de assunto:
- Apolo informou que você, Perry, é muito habilidoso com a espada e que você, Annie Bell, é igualmente habilidosa com uma adaga, mas e quanto a outras armas?
- Eu sei lutar um pouco usando o tridente – informa Percy – Não é perfeito, mas...
- E eu sei usar uma espada – diz Annabeth – e um pouco de luta com lanças também.
- Entendo... E o arco?
Percy faz uma careta.
- Tentei aprender uma vez. Meu padrasto tentou me ensinar. Acabei acertando a anca do cavalo que ele estava montando atrás de mim.
Os outros fizeram caras de choque, menos Annabeth que começou a rir dizendo:
- Eu lembro disso – mais risadas – Ele tentou te ensinar outras vezes, mas nunca conseguiu, aí ele parou de tentar.
- Bem, não é todo mundo que consegue usar perfeitamente bem qualquer arma que coloca as mãos – diz Percy com um meio sorriso.
- Não são todas as armas – retruca Annabeth – Eu não faço a mínima ideia de como se usa um tridente e não sou tão boa com a lança nem com o arco.
Quíron ficou, mais uma vez, surpreso de ver como os dois conseguiam agir perfeitamente como semideuses adolescentes comuns.
- Entendo – interrompeu ele, sabendo que como treinador de semideuses, aquele seria o esperado – Vocês podem demonstrar como vocês costumam lutar e seguimos daí? Teseu, Aristeu, prestem atenção. Pelo que sei, o nível deles é maior do que o de vocês, mesmo que só tenham chegado agora.
- Sim, mestre Quíron – concordaram os alunos.
Percy e Annabeth se moveram para o centro da arena, enquanto os outros dois permaneceram perto do instrutor.
O casal sorriu um para o outro e a luta começou.
Eles caíram no ritmo familiar de sempre, ela com a adaga e ele com a espada. O ritmo foi aumentando, até que os dois pararam. Cada um com a arma do outro em cima de um ponto vital.
Deu empate.
Os dois se viraram para os espectadores e encontraram as caras chocadas dos semideuses e impressionada de Quíron.
- Isso foi incrível! – exclama Teseu animado – Onde vocês aprenderam esses golpes?
- Eles vêm naturalmente para mim – diz Percy – É só instinto.
- Para mim também – fala Annabeth dando de ombros.
- Como vocês conseguem duelar tão rápido sem machucarem o outro? – pergunta Aristeu.
- Treinamos juntos desde crianças – Percy ri – É como se já soubéssemos o que o outro vai fazer e reagimos a isso.
- E não machucamos o outro porque controlamos nossos movimentos muito bem para acidentes não acontecerem.
- Não sei se posso ensina-los mais alguma coisa em relação a esgrima, mas os outros tópicos que ensino aqui talvez sejam mais do seu interesse – disse Quíron – Agora, porém, é a hora do almoço. Voltemos ao acampamento.
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Uma ascensão no passado
FanfictionPercy e Annabeth são levados para o passado onde renascem como deuses, mas ainda com suas memórias. Os dois tentam se acostumar com seus novos dominios e habilidades ao mesmo tempo que vivem aventuras, que logo se tornariam mitos para os mortais, e...