Capítulo 37

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Olá meus lindos, voltei desculpa a demora muitas coisas acontecendo não consegui vim aqui antes mais fiquei tranquilos não desisti da história, e agradeço por todo retorno que vocês, através de msgs, favoritos de todo. Aqui vai mais uma. 💜❤️💚


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-Taehyungie!- chamou sua avó da porta dos fundos, com as mãos na cintura. Ela parecia severa, mas um sorriso se escondia em seus olhos. - Quantas vezes eu disse para você não ficar vagando próximo as árvores?-

Taehyung ficou de mau humor, meio escondido atrás da árvore mais externa da floresta. - Eu não iria muito longe, vovó,- ele gritou de volta. Aos onze anos, ele disse a si mesmo que tinha idade suficiente para explorar, mesmo que seus pais e avó lhe dissessem o contrário.

- Isso é o que você sempre diz. Agora venha, é quase pôr do sol. Vamos entrar e limpar as framboesas que colhemos.-

Lembrando-se das frutas suculentas, da explosão de sabor fresco e picante em sua língua, Tae perdeu todo o interesse pelas árvores e voltou para casa. Ele sorriu para a avó, com suas bochechas fofas e o sorriso quadrado, e passou correndo por ela até a cozinha. Ocupado em olhar para o balde de framboesas que o esperava no balcão, não viu a avó lançando um olhar saudoso para o interior do bosque.

Como se houvesse algo a que precisava ser esquecido.

-

A dor o acordou e ele gritou, contorcendo-se enquanto as mãos puxavam seu corpo quebrado. Ele voou no ar por apenas um momento antes de suas costas descansarem em uma superfície dura. Seus olhos piscaram abertos, vendo nuvens escurecendo sobre o céu acima. Um Jimin embaçado apareceu quando o ômega se ajoelhou montado nele, pressionando fortemente suas feridas com as mãos.

Tae gritou de novo, soluçando de agonia, e a escuridão tomou conta.

-

Ele parou sobre um par de sepulturas recém-cavadas, olhando para as lápides de mármore branco limpas e organizadas. As pedras simplesmente diziam seus nomes e datas de nascimento e morte. Nenhuma inscrição, nenhuma citação inspiradora. Tae não conseguia pensar em nada para colocar naquele espaço em branco, porque não conseguia raciocinar, para pensar em algo que fizesse sentindo sobre a que aconteceu no nada de seus pais.

Órfão aos dezoito anos. Parecia quase ridículo.

A multidão de simpatizantes havia saído. Mas ele queria ficar aqui. De pé entre dois montes de terra sob um céu escuro e agourento.

Uma mão pousou em seu ombro. - Taehyungie.-

Ele quase se encolheu, virou-se para ver sua avó ao seu lado. Ela mal alcançava o seu ombro, ficando ali embrulhada em um casaco pesado, cachecol, chapéu e luvas como se setembro tivesse virado janeiro sem Tae perceber. Ele nunca tinha visto seus olhos tão tristes.

- O que você está fazendo aqui?- ele murmurou com a garganta quebrada mesmo quando ele caiu em seus braços, enterrando o rosto em seu ombro que cheirava, como sempre, a pão fresco e óleo de lavanda.

- Como se eu fosse deixá-lo sozinho em um momento como este, meu Taehyungie - , ela murmurou para ele, com a voz chorosa já cheia de lágrimas.

Sua avó nunca saiu de sua cabana. Nunca deixou seu lugar a beira da floresta. Ele nunca teria esperado que ela viesse.

Ela tremeu assim como ele, a dor afetando os dois.

O Despertar - Taekook ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora