02. Mudança

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Draco chegou à Mansão, pronto para fazer o que fosse preciso para descobrir o que
diabos havia acontecido.

Greyback sabia. Greyback tinha que saber, não é? É por isso que ele estava agindo do jeito que estava. Foi por isso que ele matou Hannah. E seu pai... Onde diabos ele estava? Que porra estava acontecendo. Que porra estava acontecendo.

Draco afastou o elfo que esperava por ele do lado de fora da lareira e continuou seu caminho para a masmorra, frenético, apenas para descobrir que o corpo de Hannah não estava mais lá, nem o lobisomem. Não havia sequer vestígio de que a mulher havia pisado naquela cela, ou do que havia acontecido horas antes. E ele precisava encontrá-los. Ele precisou-

Ele foi informado de que ela estava bem. Disseram-lhe que a mãe dela tinha cuidados de primeira classe, que ela estava protegida, não importa o quão traiçoeira ela fosse, porque ele fazia parte do Nobilium. Ela mesma havia dito isso a ele. E ele acreditara nela. Sua mãe não estava bem, e Draco não sabia disso. Ele foi evitado de vê-la, impedido de se aproximar.

E Greyback sabia disso.

Draco girou no lugar, acertando os lados da cabeça. Ele não entendeu nada.

Por quê? Quem-? Como? O que ele tem a ver com isso? Por que Greyback agiu como se estivesse protegendo um segredo? Quem ele estava tentando encobrir...?

O Lorde das Trevas.

O pensamento o atingiu com tanta força que o fez parar.

As únicas pessoas a quem Greyback teria lealdade absoluta eram ele mesmo e o Lorde das Trevas.

Draco sentiu como se o sangue tivesse deixado seu corpo enquanto ele se encostava na parede.

Alguém tinha dado a ordem, porque tirar a magia dela... tirar a magia dela era um grande negócio. Alguém tinha - alguém estava por trás de tudo, e - e Hannah insinuou que Draco sabia o que eles estavam fazendo com Narcissa. Por quê? Ninguém além do Lorde das Trevas tinha tanto poder. Se fosse outra pessoa planejando tudo talvez... talvez Draco fosse capaz de fazer alguma coisa, ele teria notado, talvez Narcissa estivesse viva, mas ele foi impedido de chegar perto. Ele teve que se resignar, e caramba, eles iriam pagar por isso.

Todos eles iriam pagar.

Sua mente estava um caos e seus pensamentos saltavam de Greyback para Hannah, de Hannah para Lucius, de Lucius para o Lorde das Trevas. Draco precisava encontrar um culpado, descobrir quem havia deixado sua mãe sem magia. Sem a maldita mágica. E - nada mais importava. Ele não se importava com a morte, com... qualquer coisa. Porque ele não tinha conseguido tirá-la de lá. Ele precisava encontrar a porra de um culpado.

Porque isso doía menos do que assumir que o culpado era ele mesmo.

Como você pode continuar respirando agora que ela se foi?

Draco voltou para o salão principal, pronto para ir para Hogwarts ou onde quer que o lobisomem estivesse agora. Draco brandiu sua varinha, fervendo de raiva. Não foi possível. Não. Não era possível que isso estivesse acontecendo. Não-

— Draco!

Uma mão envolveu seu braço, impedindo-o de ir mais longe, de seguir em frente. Draco se virou, pronto para lançar um Crucio, a pessoa em questão, era Theo, que o segurava com força e não parecia disposto a soltá-lo.

— Solte-me, — Draco sibilou.

Ele puxou para se livrar e só conseguiu aproximar Theo. Draco soltou um grito, rastejando sobre ele em direção à lareira e ainda lutando. Ele estava prestes a lançar uma maldição contra ele, estava na ponta da língua. Draco sentiu que estava sem paciência.

Desolation | Drarry Onde histórias criam vida. Descubra agora