Harry mexeu-se sob a capa invisível e esperou.
Maio estava chegando ao fim e, embora começasse a esquentar, o sol estava escondido atrás das nuvens. Como sempre. Largo Grimmauld e a área ao redor pareciam tão sombrias quanto o resto do mundo mágico, e os oponentes que guardavam a área não pareciam sentir que algo estava para acontecer.
Certo. Vamos ver o que eles estão enfrentando.
Harry amaldiçoou mentalmente novamente enquanto repassava o plano e sabia o quão arriscado era, pois devia haver um feitiço de alarme ali, tinha que haver. Hermione lhe garantiu que se Voldemort fosse inteligente o suficiente - o que ele era - ele colocaria o feitiço em uma determinada rua ou limite da calçada, de modo que quem passasse por ele seria pego em flagrante. Então, aproximar-se do Largo Grimmauld além da distância em que estavam poderia disparar um alarme que atrairia Comensais da Morte.
Os trouxas que viviam nas casas entre Grimmauld Place foram despejados anos atrás, graças a Voldemort, que manteve um glamour sobre o local e colocou as casas dentro dos limites da quarentena mágica. Grimmauld Place era profundamente guardado. Sempre foi, na verdade, mas agora era mil vezes mais, e Harry não podia simplesmente entrar e passar pela entrada ou aparatar lá dentro. Ele não poderia.
Portanto, a outra distração estava presente; ele só teve que esperar a moeda em seu bolso esquentar antes de poder começar a se mover.
Ele não gostou de tudo isso. Harry preferiu se arriscar sozinho, sem pensar muito ou fazer planos. Ele odiava isso, mas teve que aprender a fazer isso. Ele adquiriu o conhecimento e a experiência de que não poderia mais mergulhar impulsivamente no perigo. Isso funcionou quando ele era adolescente e, no final, não adiantou nada.
A única maneira de vencer a guerra era jogar do jeito que Voldemort queria. Quer ele gostasse ou não. E a maneira como Voldemort se movia era com muito planejamento, de forma calculada.
Eles tiveram que vencê-lo em seu próprio jogo.
— Tem certeza de que isso vai funcionar, Harry? — Hermione murmurou ao lado dele, observando à distância enquanto Comensais da Morte e Purificadores rondavam os cantos da casa que eles não podiam ver.
Harry pensou em Azkaban e Lucius Malfoy e em como o tempo e as ideias estavam se esgotando. Ele se agarrou com mais força à vassoura.
— Você consegue pensar em algo melhor?
Hermione franziu os lábios, sem responder, enquanto olhava para as quarenta pessoas esperando o sinal para começar a atacar o perímetro. No momento, não havia mais do que vinte Comensais da Morte no local, mas não demoraria muito para que eles começassem a chamar uns aos outros através da Marca assim que fossem revelados. Harry estimou que dentro de meia hora, cada membro teria enfrentado onze Comensais da Morte e Purificadores cada, na melhor das hipóteses. Poderia ser suicídio.
Mas era necessário.
Harry entraria no Largo Grimmauld sob a Capa da Invisibilidade e o resto seria deixado para lutar do lado de fora. Eles não podiam aparatar graças às barreiras anti-aparatação ao seu redor, então sua melhor arma eram as vassouras. Se as coisas ficassem muito ruins, a moeda seria aquecida em seu quadril enquanto ele procurava dentro de casa, para poder sair e ajudar.
Desta vez Harry seria o principal encarregado de encontrar - o que eles precisavam encontrar, graças a Theo, Kingsley e McGonagall explicando que a casa o reconhecia como o herdeiro, e que por estar ausente por tanto tempo, ele poderia ficar com a casa... ferida.
Sim, aparentemente as casas mágicas tinham vida.
Bom, nesse caso, Harry seria o único capaz de acalmá-la e se fazer ouvir.
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Desolation | Drarry
FanfictionHarry Potter estava morto. A guerra acabou. Todo o Mundo Mágico estava finalmente sob o regime de Voldemort. E Draco Malfoy fazia parte do círculo mais íntimo do Lorde das Trevas. Oito anos após a Batalha de Hogwarts, e com a aparição repentina de H...