23. Áustria

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Cinco segundos se passaram durante os quais a tribo de gigantes não fez nada além de olhar para eles.

E então, o caos se instalou.

O primeiro instinto de Harry foi exclamar para que aparatassem novamente, mas o gigante atrás deles se levantou e os fez se espalhar. Monstro ficou invisível de medo, e Padma não reagiu para fazer mais do que se proteger atrás da lenha da fogueira, sendo o menos experiente em combate.

Eles ficaram presos, literalmente, no meio de uma caverna rodeados por um círculo de gigantes que já estavam de pé, aproximando-se deles. Ainda bem que eles não eram muito espertos ou muito rápidos, mas Harry não sabia o que fazer para tirá-los de lá vivos de qualquer maneira.

— Hermione! — Ele gritou, virando-se para sua amiga. Pelo menos ele poderia fazer isso. — Aparate de volta!

— Não! — Hermione respondeu: — Não! Padma não poderá nos seguir!

Harry praguejou baixinho, observando Bill tentar falar com eles, mas nenhum deles parecia conhecer a linguagem humana ou fazer qualquer esforço para entendê-los. Padma estava se aprofundando cada vez mais nas pilhas de madeira, se escondendo. Os gigantes estavam se aproximando.

— Porra! — Harry olhou em volta em busca de Malfoy, sabendo que ele também era um dos menos capazes de lutar. — Aparate rápido!

Malfoy tirou a varinha das vestes.

— Para onde, Potter? — Ele cuspiu: — A aparatação internacional é impossível para bruxos, e não conheço nenhum endereço na Áustria, não tenho ideia de onde estávamos antes! Para onde você quer que eu vá?

Harry conjurou um escudo protetor na frente deles que não os ajudaria a conter a força dos gigantes por muito tempo, mas era o melhor que tinham. Eles nem tinham vassouras para escapar. Foi um beco sem saída.

— Puta que pariu!

Cada vez que as criaturas avançavam, elas eram forçadas a recuar, fazendo-as bater as costas. Seus sentidos estavam mais do que despertos, seu coração batia forte, sua cabeça parecia prestes a explodir. Harry não conseguia se lembrar se já havia lutado contra gigantes e, se tivesse, não conseguia se lembrar de como derrotá-los. Sua memória voltou ao troll que ele enfrentou com Ron no primeiro ano, quando tinham onze anos, e Harry decidiu tentar levitar uma das toras de madeira da fogueira para deixar pelo menos um deles inconsciente.

Mas o gigante alcançou a tora antes que ela o atingisse.

E então soltou um grito monstruoso.

Harry olhou para o grupo, o aviso na ponta da língua, porém, antes que pudesse dizer qualquer coisa-

Um pé pousou bem onde Fleur estava.

Ela conseguiu sair do caminho bem a tempo, rolando pelo chão. Bill ficou a poucos metros dela, protegendo-a, e conjurou um feitiço que arrancou o dedo da criatura. Ele olhou para sua mão, mas não pareceu se importar.

Os gigantes avançavam em passos maiores, esticando as mãos e tentando agarrá-los entre os dedos ou esmagá-los com os passos. Harry evitou vários golpes, mas na quinta vez que quase o pegaram para comê-lo, ele teve que aparatar em outro lugar dentro da mesma caverna.

Sua mente estava além da agitação e, honestamente, ele não tinha ideia de como tirá-los de lá. Monstro não estava à vista, Padma ainda estava sob fogo e os feitiços, em sua maior parte, não tendiam a afetar os gigantes; exceto pelos feitiços Diffindo que talvez pudessem causar um pouco mais de dano a eles. Mas fora isso, nada. Além disso, o espaço estava totalmente fechado – para onde eles poderiam fugir? Como eles poderiam sonhar em matar todos eles?

Desolation | Drarry Onde histórias criam vida. Descubra agora