Draco Malfoy não fazia parte do Nobilium na primeira vez em que foi levado para as masmorras de sua própria mansão, para ser torturado na frente de sua mãe.
Faltavam poucas semanas para seu aniversário de dezoito anos, e a Batalha de Hogwarts ainda estava fresca. Então não o surpreendeu muito ser empurrado para a cela temporária onde Narcissa estava sendo mantida, para fazê-lo sofrer. Os Comensais da Morte não estavam fazendo nada diferente desde o triunfo do Lorde em Hogwarts.
Bem, ele também não podia dizer com certeza. Draco não se lembrava muito de 1998, mesmo que essas memórias nunca tivessem sido apagadas. Infelizmente, os meses após a guerra não eram nada mais do que um borrão em sua cabeça.
Espaços em branco que ele nunca, jamais, jamais recuperaria.
— Deixe-nos entrar em sua mente.
Draco estava sendo mantido em um lugar na cela onde sua mãe não podia vê-lo; mas ele sabia que ela estava lá. Seu medo o impedia de seguir em frente, de se mover ou de pedir ajuda... embora não adiantasse nada. Draco já havia se resignado ao fato de que ninguém lhe mostraria misericórdia. Ele tinha visto coisas que ninguém da sua idade deveria ter visto.
Narcissa não respondeu ao Comensal da Morte que tentava arrancar informações dela. Um movimento ousado e corajoso, mas realmente valeu a pena?
— Não vamos nos repetir, sua puta de merda. — A voz do Comensal da Morte, Avery, era áspera. Draco pulou no lugar. — Abaixe suas proteções de Oclumência. Mostre-nos o que você sabe.
Novamente, a mulher não respondeu. Narcissa aparentemente acreditava que seu pacto de silêncio faria qualquer coisa para ajudá-la, ou mudaria o resultado desta guerra. Mas não mudou. Não importava o quão silenciosa ela permanecesse, o Lorde das Trevas já havia se consagrado como o governante do mundo mágico. Sua resistência só criaria algumas dificuldades, nada mais.
Draco Malfoy, do seu canto, não entendeu muito. Por que eles estavam fazendo perguntas à sua mãe? Ela sabia onde eles estavam escondendo Harry Potter? A traição dela era tão grande assim?
— Não? — O Comensal da Morte falou novamente. — Você não vai fazer nada?
Mãos agarraram o garoto do seu canto, e ele foi jogado bruscamente no meio da cela. Draco caiu contra as barras, gemendo. Instantaneamente, Narcissa estava se agarrando ao corrimão. Rapidamente. Desesperada; a mulher exalava desespero.
— Ele não tem nada a ver com isso
— Ah, agora você está falando? Eu pensei que você não conseguia.
— Eu farei qualquer coisa, mas o manterei fora disso.
— Nós lhe demos chance após chance, e você as desperdiçou. — Uma mão se enrolou no cabelo de Draco, fazendo-o gritar. — Eu acho que isso vai te ensinar…
— Não, não, — Narcisa assistiu a cena impotente, — Não! Eu farei qualquer coisa!
— Prove!
Draco fechou os olhos. A mão em seu cabelo apertou com mais força. Graças às sombras atrás de suas pálpebras, o jovem pôde ver uma varinha sendo erguida. Ele sabia que estava indo em sua direção.
As barras se moveram sob o aperto de Narcisa.
— Por favor. Ele é só um garoto. Ele é só um garoto.
— Ele é um adulto.
— Olhe para ele!
A voz de Narcissa saiu praticamente engasgada, e ela estava parcialmente certa... Qualquer um que olhasse para Draco Malfoy não veria um homem, ou um adulto responsável. O garoto era magricelo e pálido como a lua. Suas feições estavam apenas começando a amadurecer e, se ele não fosse tão alto, você poderia dizer que ele não tinha mais do que quinze anos.
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Desolation | Drarry
FanfictionHarry Potter estava morto. A guerra acabou. Todo o Mundo Mágico estava finalmente sob o regime de Voldemort. E Draco Malfoy fazia parte do círculo mais íntimo do Lorde das Trevas. Oito anos após a Batalha de Hogwarts, e com a aparição repentina de H...