(OBRA DE ÉPOCA EM PROCESSO DE REVISÃO)
Londres, abril de 1822.
━ Então sou a sua melhor amiga?
━ Para sempre.
Filha do falecido barão, Katherine era uma menina alegre, mesmo após a perda dos pais. Amava correr pelos campos e subir em árvores; ela ti...
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Conforme o barulho do silêncio prossegue pelas ruas ladrilhadas de Londres, consigo ver que estamos chegando na mansão Royer.
É hora de pôr as cartas na mesa e como não poderei agir da forma que esperava, terei de me contentar em lhe dizer umas boas verdades.
O cocheiro cessa o movimento da carruagem, em seguida abre a porta da carruagem para mim e me oferece a sua mão para me ajudar a descer.
— Agradeço, mas terei que negar, senhor.
Ele apenas assente enquanto recolhe a mão e eu desço os degraus da carruagem sozinha.
— Eu não devo demorar para retornar, portanto, me aguarde.
— Certo, Srta. Cooper.
Prossigo em direção a mansão e vou ao encontro da porta da frente. Analiso tudo a minha volta, pois no dia do baile não pude analisar da melhor forma pelo burburinho do baile. Hoje consigo perceber que poucas coisas mudaram.
Como senti falta daqui, é como se eu estivesse me sentindo em casa de novo.
Não é hora para isso, Marie!
Penso em bater na porta, mas quero que a minha visita seja rápida. Acaso alguém me veja, pode gerar atenção demasiada.
Caminho em direção para a janela de Ian, mesmo que passem mil anos, eu jamais me esquecerei. O quarto dele fica no segundo andar e tento ver se tem alguma escada por perto, mas não há.
Terei de subir pelas treliças, então aproveito que o meu vestido é aberto na lateral e tento usar a meu favor ao jogar minha perna para acima. É um pouco difícil, apesar de ter pouco tecido em comparação aos outros, esse acaba por ser pesado de toda forma. Sigo em direção para cima e quanto percebo, estou quase chegando.
Alcanço a borda da sacada com esforço, então olho para cima e para a minha surpresa, quase caio ao chão quando vejo Ian.
Ele estava encarando o céu e no mesmo instante que eu o fitei, Ian me encarou. Em um relance, ele segura o meu pulso e me puxou contra si, me impedindo de cair.
