(OBRA DE ÉPOCA EM PROCESSO DE REVISÃO)
Londres, abril de 1822.
━ Então sou a sua melhor amiga?
━ Para sempre.
Filha do falecido barão, Katherine era uma menina alegre, mesmo após a perda dos pais. Amava correr pelos campos e subir em árvores; ela ti...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Quando enfim abri a porta, eu esperava ver o meu tio em uma posição comprometedora, mas o que vi em minha me deixou surpresa.
O meu tio está sentado em uma poltrona ao lado de uma lareira acessa presente no cômodo. A sua postura demonstra o quão cruel continua sendo, um copo de conhaque balança em sua mão e a sua camisa estava parcialmente desabotoada e seus olhos eram os mesmos cruéis de anos atrás.
— Querida, sobrinha! Há quanto tempo, não é mesmo? — sua voz é sombria e soa sarcástica.
— Sim, muito tempo — concluo sem emoção.
Sinto um calafrio na espinha ao respondê-lo, de fato, não é tão fácil quanto supus anteriormente. Contudo, eu já imaginava que fosse ser um divisor de águas.
— Vou te confessar algo.
— O quê?
— Você fica cada vez mais bela — ele gargalha com leveza. — És um perigo para meus nervos, minha cara.
Ao vê-lo todo contente, o meu sangue esquenta e uma vontade de assassina-lo nesse instante surge sobre a minha mente.
— O senhor um miserável imundo! — cuspo essas palavras cheias de ódio. — Irá pagar por tudo que fez a mim e também pelo que fez aos meus pais, verme! — sua expressão se torna ainda mais demoníaca.
— Então você veio ao meu encontro para relembrar do nosso passado? Era de se imaginar que sentia falta do que não podemos viver por conta daquele duque inútil!
— Não ouse ofender Ian!
— Eu não especifiquei qual duque era, Katherine. Já pensou na possibilidade de você realmente achar o seu duque um inútil?
— Vá para a puta que te pariu! — grito.
— Está gritando assim porque sente saudades daquela noite? — o seu tom debochado é visível.
Sinto o ódio me corroer por dentro cada vez mais e a minha vontade de acabar com o plano para mata-lo de uma vez por todas me parece ser a melhor das decisões.