(OBRA DE ÉPOCA EM PROCESSO DE REVISÃO)
Londres, abril de 1822.
━ Então sou a sua melhor amiga?
━ Para sempre.
Filha do falecido barão, Katherine era uma menina alegre, mesmo após a perda dos pais. Amava correr pelos campos e subir em árvores; ela ti...
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Marie
Transamos três vezes depois daquela magnifica foda e ainda estou excitada e com desejo de mais!
Vejo ele ao meu lado, seu rosto sereno e calmo dormindo, como se nenhum problema existisse, somente nós dois. Eu gostaria que fosse mais fácil, que fossemos só nós dois.
E existe Anne na vida dele, como eu gostaria de poder conhece-la e descobrir qual a sua personalidade, sua cor favorita e do que gosta de fazer em seu tempo livre.
Desejo ficar para sempre com ele, mas nem tudo são flores e acabei mentindo para ele. Ele não irá me cortejar e sabe lá onde estarei ao amanhecer. Acaricio seu rosto, sei que estou demorando mais do que devo. Não quero dizer adeus mais uma vez a ele. Não confio nele ainda, mas sei que deveríamos levar cada etapa com calma. Deveríamos? Se nem estarei aqui, como posso refletir sobre o que deveríamos!
Eu sou patética!
Levanto com calma da cama, pego meu vestido no chão e o visto. Rasgo um pedaço do tecido da barra e deixo ao lado do travesseiro dele. Vou ao outro lado do quarto e pego minha capa e jogo sobre meus ombros. O olho uma última vez e como eu queria que as coisas fossem mais fáceis!
Saio pela janela e me encaminho para a carruagem, vejo que se passam das 1:00 da madrugada, os homens devem estar querendo me assassinar!
Encontro o cocheiro no meio de um sono profundo, então o cutuco.
-Mamãe, deixe-me ficar só hoje sem banho! Ele fala coisas sem nexo, deve estar sonhando.
-Acorde homem! Ele abre os olhos e da um pulo de susto.
-Senhorita! Quase me mata do coração! Leva a sua mão ao peito.
-Vamos! Me encaminho para a porta e adentro sem esperar sua mão para me ajudar, mas não tenho tempo.
A carruagem entra em movimento e sinto ela balançar por causa dos ladrilhos das ruas.
Mais uma vez em uma carruagem, talvez mais uma vez meus últimos momentos em Londres.
Olho pela janela e vejo que o clube já está à vista.
Desço em um salto e me encaminho ao recepcionista. Um homem de feições lá pelos 40 anos, é sempre simpático e foi assim comigo todas as vezes que vim.
-Olá senhor! Digo em cortesia.
-Boa noite senhorita! Em que posso ajuda-la? Ele me questiona com animação misturado com um semblante sonolento.
-O senhor Alexander Jones ainda está no clube? Faço um semblante inocente.
-Sabe que não damos informações de nossos membros, mas como vejo que o nome dele está vinculado ao de uma dama, presumo que seja você, qual seu nome? Vejo ele bocejar e tampar a boca com as mãos. -Perdoe-me.
