(OBRA DE ÉPOCA EM PROCESSO DE REVISÃO)
Londres, abril de 1822.
━ Então sou a sua melhor amiga?
━ Para sempre.
Filha do falecido barão, Katherine era uma menina alegre, mesmo após a perda dos pais. Amava correr pelos campos e subir em árvores; ela ti...
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Londres, 12 de abril de 1822.
— Papai! Papai! — corro em direção a ele.
— O que quer, princesa? — sua voz é doce.
— Posso ir com a Lucy até o parque?! — indago, eufórica.
Lucy é a minha babá desde que me compreendo por gente, os fios brancos já estão aparentes no seu cabelo preto. Lembro que ela sempre me tratou com carinho, é como se fosse uma segunda mãe para mim. Mamãe sabe desse detalhe, mas ao contrário do que se esperava, ela se alegra e não sente ciúmes.
— Não vejo problema algum, querida. Apenas se cuide e fique longe dos garotos! — ele me alerta e eu gargalho, deixando em evidência um espaço vazio de um dente para o outro.
— Nenhum garoto quer uma desdentada, papai! — esbravejo emburrada.
— Você tem muito o que aprender com a vida, mocinha!
— Claro! Eu tenho apenas 7 anos!
— Ah, é?
— Sim! Ou se esqueceu que completei 7 anos há alguns meses?!
— Não seria tolo para esquecer o dia mais importante de toda a minha vida!
Ele ri de um jeito contagiante, mas logo recupera a postura questionadora. Mamãe está quase completando mais um ano de vida, então, papai e eu estamos planejando uma festa surpresa para ela.
— O que quer dar de aniversário para a sua mãe?
— Livros!
— Não quer dar joias, roupas ou fitas?
— Eu prefiro os livros!
— Por quê?
— Assim ela poderá ler ele para mim antes de eu dormir! — digo, com simplicidade e como se esse fosse o melhor plano do mundo.
— Veja se não é espertinha! Iremos ao centro amanhã e compraremos para você dar a ela.
Ele acaricia os meus cabelos e sorri. Papai e eu temos os mesmos olhos azuis vibrantes e o mesmo tom de castanho. Às vezes mamãe sente ciúmes da nossa semelhança, pois os cabelos dela são cor fogo.