-Obrigado, gostaria de ver o Conde por gentileza. Ele me olha incerto, mas acena em concordância. Ele me leva para a sala de recepções.
-Lady Amélia logo virá, aceita algo para beber? Mesmo cansado, se dispõem a me oferecer algo e também são as regras de etiqueta.
-Obrigado, não é necessário. Ele acena em concordância e logo se retira.
A casa é em tons diversos, mas que se unem com harmonia. Obras revestidas em prata, vasos de flores e alguns brinquedos infantis espalhados pelo sofá.
-Bom dia milorde. Amélia me recebe, seu tom também transmite cansaço e suspeito que toda casa esteja nesse estado.
-Bom dia, posso ver Henry? Ela acena em afirmativa.
-Me acompanhe. Seu andar é encolhido, não parece mais estar no auge da sua juventude. Todos os problemas a envelheceram anos e seu vestido escuro e opaco evidencia isso.
Ela sobe as escadas e segura sempre firmemente o corrimão, como se estivesse prestes a desabar no chão. Tento disfarçar para que ela não veja a pena que sinto de todos nessa casa.
Viramos um corredor a esquerda, reparo nos quadros da parede e por aqui são revestidos em bronze e sua parede é de um tom harmonioso de rosa. Passamos por cinco portas e enfim ela para em frente a uma e suspira pesadamente e abre um sorriso e abre a porta com leveza e adentra.
-Olá querido! Olha quem veio lhe ver. E me dá espaço para entrar no cômodo.
-Meu grande amigo! Me assusto com seu estado, Henry que sempre foi um homem forte e cheiro de virilidade, agora está com os ossos evidentes na clavícula e seu semblante é tão deprimente, sinto meu coração diminuir para o tamanho de uma ervilha. -Perdoe-me por não conseguir levantar, você compreende, não é mesmo? Ele me olha com animação e então encaro Amélia que segue sorridente, mas o sorriso não chega aos olhos.
-Oh meu amigo, claro que não! Finjo um sorriso, mas em meu íntimo estou feliz por ver Henry. O que me dilacera é o ver tão à mercê do resto das pessoas.
-Aceitam algo para beber ou comer? Ela se dispõem.
-Não é necessário, mas obrigado. Falo com simpatia.
-Querida, não é necessário. Fito suas covinhas pelo sorriso.
-Bem, deixarei vocês a sós. Amélia assente e se retira com rapidez do cômodo.
Henry desmancha seu sorriso e suspira fracamente.
-Ela finge estar bem e eu quis lhe ver por um motivo. Ele demonstra falar muito sério.
-Pode falar... Arqueio minha sobrancelha, estou curioso.
-Você sabe que estou com meus dias contados amigo. Ele abaixa a cabeça.
-Não diga isso. Intervenho, mesmo sabendo da delicada realidade.
-Digo, pois é a verdade. Ele me encara com seus intensos olhos negros e prossegue. -Eu morrerei e preciso que cuide de minha esposa e meu filho quando eu partir. Eu fico boquiaberto com o pedido.
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Vingança De Uma Lady (Série Destinados Ao Para Sempre)
Romance(OBRA DE ÉPOCA EM PROCESSO DE REVISÃO) Londres, abril de 1822. ━ Então sou a sua melhor amiga? ━ Para sempre. Filha do falecido barão, Katherine era uma menina alegre, mesmo após a perda dos pais. Amava correr pelos campos e subir em árvores; ela ti...