Capítulo 26

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Marie

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Marie

Sinto minha garganta seca e ouço barulho de pássaros, abro os olhos e a luz no ambiente me cega.

Onde estou?

Ouço um barulho que parece ser de um navio, me levanto e tento ver o local que estou, parecer ser um minúsculo quarto que cheira a peixe, o que me embrulha o estômago. O cômodo contém uma minúscula cama, um banco pequeno de madeira e uma janela grande e gradeada que cobre a lateral e parte do teto e que recebe muita luz do sol.

Olho para a porta e me encaminho até ela e bato minhas mãos contra a madeira envelhecida.

-Tem alguém aí? Socorro! Grito pedindo ajuda.

-Chefia, a moça acordou! Ouço uma voz aguda dizer do lado de fora.

Vejo a porta se abrir bruscamente e me deparo com um homem, talvez na casa dos quarenta anos com alguns fios grisalhos e uma cicatriz no lado do rosto, da sobrancelha até o maxilar.

-Enfim acordou, Norman exagerou na dose.

-Como disse? Lembro de esfaquear meu tio, mas parece que pegou de raspão e então não lembro de nada mais.

-Não lhe diz respeito! Bem, vim pontuar algumas coisas com a senhorita. Arqueio a sobrancelha desafiando-o falar. -Está em um navio expresso de prisioneiros, sendo destino a Austrália. Irá pagar pelos seus crimes.

-Isso é um absurdo! Me indigno, eu tinha um plano parecido com esse, mas era de uma forma mais confortável para mim.

-Não é, você estava aqui porque meus superiores pediram para não encostar direito em ti. Mas quando acordasse iria trabalhar junto com os outros. Vamos! Ele ordena e não há nada que eu possa fazer, opto por segui-lo.

E só então reparo em meu traje, vejo que não estou mais com meu vestido prata, mas sim com um azul, bem gasto.

-Vocês trocaram as minhas vestes? Pergunto um pouco tensa.

-Não, você já veio para cá trajando esse trapo, não faça mais perguntas. Tenho mais questionamentos, mas por hora o mais sábio a se fazer é ficar em silêncio.

Chego até uma parte do navio onde outros prisioneiros estão trabalhando.

Várias pessoas estão ocupadas com seus serviços, desde crianças até idosos. Com esfregões e baldes em suas mãos, o chão do navio é gasto e de cor esmorecida e as velas estão um pouco rasgadas e não contém brasões.

Um dos guardas que estava na porta, pega uma bola de ferro e prende em meu tornozelo esquerdo e logo após guarda no bolso da casaca a chave.

Um guarda me alcança um esfregão e um balde.

-Trabalhe e não será castigada! Ótimo, mais ordens e eu espero que Alex tenha alguma noção de onde estou, se não esse será o meu fim.

Vejo uma mulher isolada, ela não parece ser uma pessoa ruim, então me aproximo dela.

Vingança De Uma Lady (Série Destinados Ao Para Sempre)Onde histórias criam vida. Descubra agora