(OBRA DE ÉPOCA EM PROCESSO DE REVISÃO)
Londres, abril de 1822.
━ Então sou a sua melhor amiga?
━ Para sempre.
Filha do falecido barão, Katherine era uma menina alegre, mesmo após a perda dos pais. Amava correr pelos campos e subir em árvores; ela ti...
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Ian
Aguardo paciente a conversa deles se encerrar, agora suas vozes não são mais ouvidas pelas paredes finas. Anoto em uma pequena folha uma missiva para Christian e outra para Edward, para que se possível ele busque meus companheiros de viagem um hotel no centro.
Opto por sair um pouco da cabana, é quase noite, mas preciso de ar fresco.
Sigo um caminho aleatório, onde sinto uma brisa mar se chocar contra o meu rosto.
-Ian! -viro-me, vejo que é ela e vêm ao meu encontro. -Para onde está indo? -dou de ombros e sigo a caminhar.
-Não sei. -logo avisto a praia, as ondas batem umas nas outras. O céu segue em uma linha degrade de um salmão para um azul escuro e pássaros voam perto da água salgada, pego a mão de Marie e corro para sentir a areia molhada nos pés.
-O que está fazendo? -Katherine me questiona.
-Oras, estamos em uma praia!
-Essa hora?
-Porque não? -rebato sua pergunta.
-Está bem! -a vejo revirar os olhos e sorrir.
Reparo em um pequeno amontoado de árvores e pedras a uns 50 metros de distância de nós, chegando lá começo a desabotoar minha camisa, botão por botão, a deixo junto com meu colete em cima de uma das pedras. Olho para Katherine, ainda completamente vestida.
-Vai entrar na água assim, milady? -dou meu melhor sorriso.
-Só você mesmo para me convencer... -ela lamúria, mas começa a desabotoar sua casaca vermelha, vejo que ela demora mais que o normal.
-Eu faço isso melhor... -isso destranca uma lembrança em minha memória e eu sorrio.
-Do que está rindo?
-De uma lembrança passada... -sussurro roucamente, desbotoo todo seu casaco, por baixo dele avisto uma chemise branca, quase transparente.
-Eu continuo. -ela se vira e eu sigo removendo minhas botas, deixando minhas calças marrons e opto por as arremangar, logo levanto minha cabeça e fito Katherine. Somente de calçolas e aquela chemise que deixa seus seios a vista, uma visão que senti tanta saudade. Noto seus pés e mãos se contorcendo, ela estaria nervosa?
Me aproximo dela e seguro suas mãos.
-O que houve? -questiono receoso.
-Os ouvidos ouvem! -rebate minha pergunta com uma piada infantil.
-Mesmo? -a puxo para cima dos meus ombros e a carrego como um saco de batatas, as batatas mais suculentas existentes.
-Me solte, canalha! -acerta murros nas minhas costas, enquanto eu gargalho.
Corro com ela sobre mim para o mar, adentramos na água fria, sinto o típico choque percorrer pelo meu corpo. A tiro de cima de meus ombros e a ponho na água.