(OBRA DE ÉPOCA EM PROCESSO DE REVISÃO)
Londres, abril de 1822.
━ Então sou a sua melhor amiga?
━ Para sempre.
Filha do falecido barão, Katherine era uma menina alegre, mesmo após a perda dos pais. Amava correr pelos campos e subir em árvores; ela ti...
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° Alerta de gatilho
Depois de quase meia hora cavalgando, chego com a minha mente exausta de tanto refletir repetidas vezes. Sinto o meu corpo pesar conforme avanço a cada passo.
Assim que adentro no hall, encontro Philip que recolhe o meu paletó.
— O senhor está doente, milorde? — o encaro e vejo a preocupação em seus olhos azuis.
— Não sei lhe dizer, Phillip — dou de ombros. — Mande Christian até os meus aposentos o mais rápido que puder.
— Sim, senhor.
Vou me encaminhando, mas ouço o mordomo tossir, como se estivesse me chamando. Então paro bruscamente, mas sigo de costas para ele.
— Sobre o jornal da manhã que entreguei para o senhor. Eu também li o que estava escrito e lhe desejo os meus sinceros pêsames, Sr. Ross.
Aceno com a cabeça e uma lágrima escorre pela minha face. O meu corpo da indícios de que eu irei desmoronar a qualquer instante, necessito ir para algum local que ninguém me veja. As minhas fraquezas devem ser mantidas somente para mim e nada além.
Por todos esses anos eu lutei contra o meu lado fraco, mas cada vez mais que guardo esse sentimento para mim, é como se ele crescesse. Dia após dia ele se desenvolve dentro de mim. Estou farto de tantos pensamentos, estou completamente cansado de ser o meu próprio inimigo. Não tenho forças para lutar contra isso dessa vez, pois toda esperança sumiu de mim e apenas restou o caos pelo aguardo dos dias ruins.
Assim que entro em meus aposentos afrouxo os botões da minha camisa para tentar respirar. Ao lado da minha cabeceira, na mesinha de canto vejo uma garrafa de uísque pela metade.
A agarro e a jogo contra a parede oposta a mim. Estou surtando e apenas existe obscuridade dentro dos meus pensamentos.
Os últimos resquícios da minha racionalidade se esvaem do meu corpo. Sigo em direção da parede e acerto socos repetidas vezes nela. Nessa altura da situação, o sangue verte pelos meus braços.