(OBRA DE ÉPOCA EM PROCESSO DE REVISÃO)
Londres, abril de 1822.
━ Então sou a sua melhor amiga?
━ Para sempre.
Filha do falecido barão, Katherine era uma menina alegre, mesmo após a perda dos pais. Amava correr pelos campos e subir em árvores; ela ti...
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Eu abro lentamente meus olhos, tenho medo de agir de modo brusco e o vento levar esse instante para longe de mim.
Eu inclino minha cabeça e ainda sem acreditar, levanto-me e me aproximo daquele ser humano que parecia estar a milhas de distância de mim.
O fito diretamente nos olhos, levo minha mão pequena até sua mandíbula e caricio a pele áspera pela barba. Meus olhos marejam mais uma vez, mas dessa vez é de alegria. Eu achei que jamais veria novamente esse rosto único, em um impulso o abraço e sinto meu mundo se acalmar, meus muros caírem e minha vida encontrar o rumo.
Ele me recebe com aqueles braços fortes envoltos pela minha cintura.
A forma que meus instintos agem quando ele está por perto se afloram cada vez mais com intensidade, com cada toque e troca de olhares.
Não sei devo confessar isso a ele, pois se ele não me amar verdadeiramente será a minha ruína.
-Meu amor... -ele sussurra em meu ouvido e eu afasto-me o suficiente para encará-lo nos olhos e seu sorriso junta mais um caco de meu coração.
Eu o tomo seus lábios aos meus e início lentamente, o incitando a continuar naqueles movimentos contínuos. Eu senti tanta falta de seu gosto misturado com o meu. Sua mão sobe para minha nuca e a minha de seu maxilar até seus cabelos acastanhados, os bagunçando com meus dedos. Nosso beijo não é somente carnal como das outras vezes, mas sim repleto de um sentimento inexplicável que se inicia em meu núcleo e se expande ao longo de cada poro em existente em meu corpo.
Nossas línguas brincam em vai-e-vem delicioso, em meu estômago estão presentes as borboletas que tanto ouvi as pessoas falarem, mas nunca pensei em sentir. Solto um sorriso em meio ao nosso beijo contido, o que faz Ian descolar nossos lábios e abrir os olhos e fazer cócegas pelo meu corpo.
Sinto as cocegas por todo o meu corpo, até cairmos rindo no chão e eu consigo a oportunidade de revidar, subo em cima dele e bagunço mais ainda seus cabelos e desço minhas mãos até o baixo de suas costelas, o fazendo se remexer embaixo de mim. Noto um volume abaixo de minha intimidade e encaro o homem insaciável, acerto um tapinha em seu peito.
-Não é hora para isso! -ouço ele suspirar. Noto que ele fecha os olhos, cruza os braços e sorri sem de fato mostrar os dentes.
-Eu sei! -seu sorriso se expande. -Mas se fosse homem e passe longos 5 meses sonhando com uma certa fujona e quando se reencontrassem ela subisse em cima de você... -ele abre os olhos e sugere com o olhar onde nossos corpos estão interligados.
-Você está certo, perdão... -saio de cima dele e me deito ao lado dele no chão, ponho minha mão em seu peito e ele estende o braço para eu recostar a minha cabeça. -Não acredito que realmente esteja aqui.
-Eu vim para te resgatar... -ele desce a mão pelo meu braço e acaricia lentamente.
-E-e-eu... -cerro meus olhos e tremo ao revelar. -Tive medo de que não viesse. -Ian se ajusta de forma que nossos rostos fiquem ainda mais próximos.
