Capítulo 45

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Após se reunirem novamente. Obito compartilhou seu plano com os outros. Acharam o esquema bom, mas como iriam fazer uma ligação com o sujeito? Pois Deidara sabia que o indivíduo não daria essa oportunidade de bandeja. Depois de um tempo, debateram que o Uzumaki conversaria com o ser desprezível, normalmente até conseguir chegar ao ponto que queriam. Pegou seu aparelho, abriu no contato do patife, e mandou uma mensagem, que logo foi respondida por ele.

"Achei que não me responderia mais. Mas enfim, quando virá atrás desses vermes?" Respondeu com um emoji de sorrisinho, isso acabou deixando Deidara mais puto.

"Logo logo, porém, quero ter certeza que não machucou nenhum deles!" O sujeito apenas visualizou a mensagem. O loiro já estava impaciente com a demora do ser, já tinham se passado cinco minutos, e nada de uma mensagem dele. Sentou em um assento que tinha ali perto, e ficou esperando, até ouvir a notificação chegar.

"Como quer garantir isso?" Deidara estranhou a pergunta do indivíduo, já que foi uma pergunta tão pequena e rápida para a demora que tivera. Olhou para os demais que estavam ali consigo, e viu Kakashi balançar a cabeça em concordância, então só fez mandar a mensagem.

"Quero fazer uma ligação com você!" O homem reagiu sua mensagem com uma "carinha" de risada, e falou que iria aceitar, mas tinha um porém:

"Quero que você faça essa ligação sozinho, sem ninguém com você, se não, não iremos fazer essa ligação" Deidara suspirou, e olhou Obito de relance, percebeu que o Uchiha fortaleceu seu peitoral, revirou seus olhos. Não queria deixar Deidara sozinho naquela situação. Andou até o loiro e tocou no ombro dele, Deidara simplesmente não deu atenção ao moreno, e concordou com a condição do ser humano.

Antes de iniciar a ligação, Obito e Deidara chegaram em um acordo, e ali estava o Uchiha de "guarda" na porta do quarto em que o loiro estava. Ele mal podia esperar para beijar Deidara e expressar seus sentimentos, desejando voltar a ficar grudado com ele como antes, mas sabia que esse momento teria que esperar, levando em conta o que estava ocorrendo nesses últimos dias, isso prejudicaria muito o que ele queria fazer com Deidara, e tinha consciência que seus filhos e Sasori estavam precisando de ajuda mais do que qualquer coisa. Cansado, desejava uma vida pacífica, assim como Deidara.

Por outro lado, Deidara se encorajava para iniciar a ligação. Mesmo com a vontade de resgatar seus filhos e o amigo, o medo de falhar o impedia, e tudo isso foi por conta do trauma que sofreu a sua infância inteira, não pôde resgatar sua mãe e seu irmão das mãos daquele ser desprezível que se nomeia seu pai. A possibilidade de que isso aconteça novamente o perturba. Mas não queria pensar nisso agora, tudo dependia de si nesse exato momento. Apertou o botão de chamada de vídeo e esperou o sequestrador atender, coisa que não demorou.

- Achei que não ligaria, mas que bom que não desistiu, amor. - Ao ouvir aquilo, Deidara se sentiu enojado com a forma que aquela pessoa falou, e para completar, estava usando aquele efeito horrível em sua voz. Engoliu em seco colocando sua mão direita sobre a barriga. Precisava ter muito cuidado com o pequeno ser que estava crescendo em seu ventre.

- Bem... Quero ver eles agora! - Esforçou-se para não gaguejar, mas não teve sucesso. O traficante riu, no entanto, fechou a cara logo em seguida, e isso não passou despercebido por Deidara, notou que o indivíduo estava olhando fixamente para sua barriga, por mas que o mesmo estivesse com chapéu, uma máscara e um óculos escuro, deu para ver que sua cabeça estava inclinada levemente para baixo.

- Eu implorei para que isso fosse mentira, mas pelo visto, vou ter que dar um fim em outro bastardo! - Rugiu ao terminar de falar. Deidara engoliu em seco novamente e observou o indivíduo andar para algum lugar. - Se você não aparecer aqui amanhã às 04:00 horas em ponto da madrugada, enviarei a cabeça desse moleque como presente para você! - Focou a câmera no rosto de Ayato, esse que estava de cabeça baixa. Antes que Deidara pudesse direcionar alguma palavra para a criança, o homem encerrou a chamada rapidamente. Deidara tacou seu celular na parede e soltou um grunhido, por que estava acontecendo aquilo consigo? Deixou lágrimas escorrerem pelo seu rosto que estava corado por conta da ardência em seus olhos.

Babá e "mãe" das crianças (ObiDei) Onde histórias criam vida. Descubra agora