Eu amava estar em casa, na minha cama, enrolada na minha coberta. Se minha rotina não exigisse tanto de mim, tenho certeza que passaria muito mais tempo apenas no aconchego dos meus edredons.
Seria estranho eu dizer que essa sensação era bem parecida com a que eu estava sentindo agora? A diferença era que, ao invés de ser os meus edredons, era o moletom que Trevor vestia.
O abraço dele me fez sentir a mesma sensação.
Infelizmente, nos separamos quando Carol voltou com a minha bolsa.
ㅡ A chefe disse que você pode ir embora mais cedo e descansar. ㅡ Ela me entregou a bolsa. ㅡ Vai com cuidado, ta?
Concordei com a cabeça e coloquei a bolsa no ombro.
ㅡ Eu te deixo em casa. ㅡ Trevor sugeriu.
ㅡ Não precisa, eu... ㅡ Me interrompeu.
ㅡ Eu quero te deixar em casa, Sophia. Vou me sentir melhor sabendo que você está bem. ㅡ Observei sua expressão preocupada e concordei. Ele voltou lá dentro para pegar suas coisas e pagar a conta. Logo depois voltou e me levou até seu carro.
Partimos em direção ao nosso bairro enquanto o carro continuava em silêncio. Eu já me sentia mais calma, mas me sentia envergonhada. Envergonhada por querer que ele me abraçasse de novo.
Meu celular vibrou no meu colo com uma mensagem da Íris.
Íris- Meus pais deixaram eu ir!! Uhuuuu!! Agora só falta chamar o seu playboy.
Ri da mensagem e olhei para Trevor. Não faltava muito para chegar na rua da minha casa quando tomei coragem e perguntei:
ㅡ Trevor, o Kevin, a Íris e eu vamos a um sítio de um amigo esse fim de semana e pediram para perguntar se você gostaria de ir. Na verdade foi o próprio PK quem chamou.
ㅡ PK é o cara do bar, né?
ㅡ Ele mesmo. ㅡ Ri.
ㅡ Eu tinha um compromisso, mas posso pensar. Posso dar a resposta até amanhã? ㅡ Ele me olhou rapidamente, mas voltou sua atenção para a rua.
ㅡ Claro. ㅡ Assenti.
Ele parou o carro na esquina da minha rua e eu o agradeci. Saí de seu carro e caminhei na direção de casa. Assim que parei na frente do portão, olhei para trás e lá estava ele, parado, esperando que eu entrasse.
Entrei no portão e corri para entrar logo em casa. Tirei sapatos e bolsa já na sala, subi as escadas e me joguei na cama. Me cobri com o edredom e fechei os olhos.
Sim, a sensação era bem parecida.
[...]
Eram cinco e vinte da manhã quando eu acordei com o som da chuva batendo na minha janela. Eu gostava de dias chuvosos, especialmente quando eu não precisava sair de casa. Contudo, eu precisava.
Me levantei da cama ainda sentindo o sono me puxar de volta para as cobertas. Me joguei de volta e me enrolei sentindo o quão quentinho ali estava. O meu despertador tocava Mrs. Potato head da Melanie Martinez pelo quarto e eu apenas fechei os olhos.
Era aquela sensação.
Abri os olhos quando me dei conta de que já estava pensando em Trevor antes de qualquer outra coisa no meu dia. Me sentei na cama quando me dei conta de que o queria ali comigo. Me levantei quando me dei conta de que eu não tinha mais para onde fugir, eu simplesmente gostava dele. Não como amigos como eu pensava... Eu gostava mesmo.
Me joguei de volta na cama, me cobri com o edredom e afundei a cabeça no travesseiro onde dei um gritinho abafado.
ㅡ Droga, Trevor! ㅡ Falei comigo mesma, mas me peguei sorrindo. Me peguei sorrindo porque a droga do sentimento que eu sentia era bom. Era bom!
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Te Pedi para a Estrela Cadente
Romance" Era brincadeira, né? Só podia ser coincidência um cara de um estúdio de dança da Califórnia aparecer no estúdio que eu faço Ballet, logo após eu pedir para uma estúpida estrela cadente que o meu amor apareça logo! " Sophia está na melhor e mais or...