ㅡ Para a diagonal, meninas. ㅡ Taiana, nossa professora de ballet, disse enquanto afastava a barra do centro com a ajuda de outra bailarina.
Fomos para a diagonal enquanto Íris não parava de tagarelar sobre o provável fim de semana divertido que teríamos.
ㅡ Só não pode chover... ㅡ Minha frase a fez parar de sorrir na hora e me olhar com uma careta.
ㅡ Ta repreendido toda negatividade. Limpa, limpa, limpa. ㅡ Ela estalou os dedos diversas vezes na frente do rosto.
ㅡ Não é negatividade, olha só o tempo. ㅡ Apontei para a janela que mostrava perfeitamente a grande e cinza nuvem que começava a cobrir o céu. ㅡ Eu acho que vai chover.
ㅡ Não vai chover, Sophia, para de espraguejar. ㅡ Paramos ao canto da sala numa fila para fazer a diagonal.
ㅡ Não estou espraguejando nada, só estou falando. ㅡ Dei com os ombros rindo do desespero dela. Se chover, acho que ela chora o fim de semana todo. Quando ela coloca algo na cabeça e se anima, não tem quem tire. Parece até que ela está esperando por aquele final de semana tem meses, e não desde a uns minutos atrás.
Voltamos a prestar atenção na aula e, por um momento, ela parou de falar disso.
[...]
ㅡ Esse croissant é para mesa cinco. ㅡ Entreguei a bandeja para Carol e virei-me para pegar o Frapuccino. Coloquei-o sobre outra bandeja e levei até a mesa seis.
ㅡ Obrigado. ㅡ O homem sorriu para mim. O relógio de ouro em seu pulso brilhava e era facilmente a primeira coisa que alguém notava nele. O terno sofisticado e o cabelo bem penteado denunciava que ele devia ser bem rico. ㅡ Você é muito atenciosa. ㅡ Sorri agradecendo e já estava prestes a me virar para voltar ao balcão, mas ouvi alguém entrar na cafeteria e olhei involuntariamente.
ㅡ Boa noite. ㅡ Comecei a ouvir o meu coração pulsar mais forte. Esqueci de como se respirava e quase dei um tapa em mim mesma para acordar. Trevor sorriu assim que me disse o boa noite.
ㅡ Boa noite. ㅡ Não gaguejei, pelo menos.
Ele seguiu para uma mesa vazia e eu segui para os fundos para me enfiar no banheiro e jogar uma água no rosto.
Encarei o meu reflexo no espelho após secar o rosto com um papel toalha e respirei fundo.
ㅡ Eu devo estar ficando maluca. Só pode ser isso. ㅡ Virei-me de costas e encostei na pia. ㅡ É só o Trevor, Sophia, para de ser doida.
Saí do banheiro antes que começasse a pensar demais e voltei para o balcão. Bebi um pouco de água e observei enquanto Isadora ia atender mesa que Trevor estava sentado. O que era um belo milagre, porque para ela atender uma mesa, tinha quase que gritar com ela.
ㅡ Essa garota não perde tempo, né? ㅡ Carol se aproximou do balcão. ㅡ Foi correndo atender ele porque viu ele chegando naquele carrão.
Ri balançando a cabeça, mas parei quando Isadora voltou até nós com uma expressão emburrada e bateu o bloco de comandas no balcão.
ㅡ Que foi? Ele não é tão rico assim? ㅡ Carol debochou.
ㅡ Ele disse que quer ser atendido pela Sophia. ㅡ Ela resmungou e cruzou os braços.
Engoli em seco, mas peguei as comandas e fui até a mesa dele.
ㅡ Já está criando intrigas? ㅡ Ele ergueu o olhar do cardápio para mim. Notei que um notebook fechado estava sobre a mesa ao lado de seu braço. ㅡ Ela não gostou muito do seu pedido. ㅡ Indiquei Isadora com o queixo e Trevor olhou na direção dela.
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Te Pedi para a Estrela Cadente
Romance" Era brincadeira, né? Só podia ser coincidência um cara de um estúdio de dança da Califórnia aparecer no estúdio que eu faço Ballet, logo após eu pedir para uma estúpida estrela cadente que o meu amor apareça logo! " Sophia está na melhor e mais or...